Confirma-se que a emigração portuguesa deixou de crescer. Porém, mantém-se em valores que, na história recente, só têm paralelo nos 60 e 70 do século XX.
Mais de 330 mil portugueses deixaram o País entre 2013 e 2015. Só no último ano foram 110 mil pessoas (1 por cento da população), tal como em 2014 e menos 10 mil do que em 2013, segundo o Relatório da Emigração 2015, divulgado na quinta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. No total, são 2,3 milhões de cidadãos nascidos em Portugal, cerca de 22%, a viverem fora do País. A Europa, à semelhança de outros anos, continua a ser o destino de eleição.
“Estas 110 mil pessoas confirmam que a emigração portuguesa não aumentou, mas ainda não conseguimos dizer se estagnou ou baixou. Certo é que continua em valores muito elevados, só comparáveis com os dos anos 60 e 70 do século passado”, explicou Rui Pena Pires, coordenador do Observatório da Emigração, confessando que “esperava uma descida por esta altura” face ao período de intervenção da troika (2011-2014).
O ano com maior emigração continua a ser 2013, mas os últimos dados apontam para um pico acima do inicialmente estimado. Deixaram o País mais de 120 mil pessoas. Quanto ao perfil do emigrante, Pena Pires sublinha que continua pouco qualificado, em idade ativa, não havendo distinção entre géneros.
































