Apesar de ainda ser um número impressionante, é um valor inferior ao das edições anteriores devido à redução da área de campismo imposta pelas autoridades por “razões ambientais”, revelou o presidente do Moto Clube de Faro.
“No entanto, esperamos que seja um bom rali, à semelhança dos anos anteriores”, disse José Amaro.
Esclareceu que as limitações se prendem com a necessidade de proteger as dunas numa parte do Parque Natural da Ria Formosa, decisão que os organizadores discordam.
“Aquela área pertence ao parque, e a limitação foi imposta na premissa de proteger as dunas. No entanto, não há absolutamente nenhuma duna na área onde o acampamento é proibido; não há nada lá para proteger. Se houvesse alguma coisa, nós protegeríamos, como sempre fizemos, e limpamos essa área há 40 anos”, disse Amaro.
O presidente do clube de motards adiantou que se a organização do certame não procedesse à limpeza da zona situada no Vale das Almas, entre o aeroporto e a praia de Faro, a zona “ficaria completamente abandonada”, e as condições aí existentes seriam piores do que as que existem quando aí se realiza a prova.
Esta edição marca também um ‘retorno à normalidade’ do evento, que foi afetado pelas restrições da Covid-19, bem como pelas limitações devido aos altos riscos de incêndio.
“Muita gente chegou ontem com antecedência, e todo o pessoal de lá deu uma resposta positiva a todos que chegaram”, disse José Amaro.,
Quanto ao alinhamento, o representante preferiu não referir bandas específicas, mas garantiu que haverá “grandes atuações, tanto no palco principal como no palco Oasis”, que descreveu como “dois locais icónicos” do rali.
Entre os artistas estão Break Free (banda tributo ao Queen), One Love Brand, Entre Aspas, La Frontera, Hybrid Theory (banda tributo ao Linkin Park), Cuca Roseta, Guano Apes e Expensive Soul.
Na Baixa de Faro, também haverá bandas a atuar para o público sexta-feira e sábado.
José Amaro fez ainda um alerta a todos os participantes, residentes e visitantes do Algarve para que tenham cuidado nas estradas e evitem acidentes nas deslocações para o evento e na região.
“O apelo que faço, que se faz todos os anos, devido ao número de motos que circulam nas estradas com destino a Faro, seja de Portugal ou do estrangeiro, é para que sejam o mais cautelosos possíveis”, disse, acrescentando que o objetivo é que não ocorram acidentes durante a prova.