A ISS Portugal, empresa líder na gestão e integração de serviços gerais presente em Portugal e Espanha, associou-se à Fundação ISS Mais Um Sorriso, que tem como principal objetivo apoiar projetos que englobem a criação de emprego em países em vias de desenvolvimento. A Fundação é financiada pela contribuição voluntária dos trabalhadores da ISS e totalidade das verbas é destinado exclusivamente a cobrir os gastos dos projetos da Fundação.
A adesão da ISS Portugal implica que o nome da entidade se altere para Mais Um Sorriso Ibéria.
Desde a sua fundação, em abril de 2007 em Espanha, a Fundação Corporativa da ISS Ibéria desenvolveu cerca de dez projetos de solidariedade que envolvem pessoas em risco de exclusão, em oito países em vias de desenvolvimento: Angola, Colômbia, República Dominicana, Marrocos, Peru, Burkina Faso, Equador e Índia. Desde então, mais de 8.500 empregos foram diretamente criados nesses países.
Do mesmo modo, o investimento durante estes 12 anos foi superior a 750.600 euros, valor este que foi alcançado através da contribuição voluntária de mais de 7.000 funcionários da ISS, que voluntariamente doaram os cêntimos do seu salário.
A PORT.COM conversou com Eulalia Devesa, Diretora de Responsabilidade Social Corporativa de ISS Facility Services Ibéria e Diretora de la Fundação ISS Mais Um Sorriso sobre esta nova realidade.
Como surgiu a ideia da Fundação?
A Fundação Mais Um Sorriso nasceu em abril de 2007 com o objetivo de financiar projetos que criem empregos dignos nos países em vias de desenvolvimento. Na ISS Ibéria temos um lema: temos de fazer bem o negócio, para poder fazer o bem com o negócio, e com este princípio criamos a fundação.
A fundação é financiada maioritariamente pela participação voluntária dos empregados de ISS Ibéria, através dos cêntimos do seu ordenado. Para a ISS é muito importante que criemos com os nossos funcionários um vínculo que vá mais além da simples ligação trabalho-ordenado.
Que critérios são elegíveis para desenvolver projetos/s num determinado País?
Para a ISS é fundamental que o projeto tenha como objetivo ajudar a comunidade ou a sociedade local através da criação de postos de trabalho dignos e sustentáveis. Por exemplo, em muitos países em vias de desenvolvimento as mulheres ou pessoas que sofrem algum tipo de deficiência são marginalizadas no mercado laboral, fazendo com que estas sejam arrastadas para uma situação de pobreza.
Desde ISS acreditamos que esta situação é reversível, pois as pessoas se forem devidamente ajudadas podem conseguir um emprego digno. Para alcançar o nosso objetivo procuramos projetos concretos capacitem estas pessoas que se encontram em risco de exclusão social a receber formação adequada a nível profissional, microcréditos ou ajudas de investimento para o seu negócio e poderem assim, promover o seu serviço ou produto. Basicamente trata-se de “ensinar a pescar” a estas pessoas que têm o direito a serem respeitadas pela comunidade.
A ISS Portugal juntou-se agora à Fundação: Isso pode abrir mais projetos, por exemplo, para países da áfrica lusófona?
De facto, desde 2019 os colaboradores de ISS Portugal estão a participar ativamente na fundação, uma vez que estamos atentos a todas as ideias e propostas que apresentam. O principal requisito é que sejam projetos de criação de emprego e que estejam de acordo com os nossos valores.
Neste momento, estamos em processos avançados com algumas ONG portuguesas que trabalham para melhorar as condições das pessoas em estados-nações cujo idioma oficial é o português, conhecidos como PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). “Queremos que em 2020 um dos nossos projetos da fundação seja dedicado a uns pais de língua oficial portuguesa”.
No caso de Angola existe alguma articulação com a cooperação portuguesa?
Participamos num projeto em Angola em 2015, em colaboração com a fundação CODESPA, chamada ‘Sementes do Planalto’. Neste projeto, foram criados 8 bancos de sementes comunitários e 250 camponeses receberam formação para que pudessem trabalhar e cuidar da plantação. O nosso objetivo é que mais ou menos 4.000 das aldeias de Bié e Huambo pudessem melhorar as suas condições de vida graças ao facto de terem sementes de melhor qualidade. A Fundação ISS Mais um Sorriso doou 60.000€ e conseguiu criar 400 postos de trabalho, bem como cerca de 10.000 quilos de sementes de primeira qualidade.