A relação entre Portugal e a sua Diáspora…
A relação entre Portugal e a sua Diáspora vai continuar a ser aprofundada
Após a realização das eleições legislativas de 6 de outubro o país inicia uma nova legislatura, na qual caberá aos novos responsáveis governamentais e aos eleitos à Assembleia da República, cumprir as suas funções constitucionais de representação dos portugueses e de defesa dos interesses nacionais. Irei assumir com grande honra e dedicação o mandato popular de deputado à Assembleia da República que me foi confiado.
Não poderia, contudo, deixar de prestar justa homenagem aos portugueses e lusodescendentes no Mundo e deixar registado o meu reconhecimento do valor inestimável e da poderosa rede global que representam e dinamizam. Esta foi uma realidade que pude testemunhar em inúmeros países, e nos mais variados contextos, entre novembro de 2015 e outubro de 2019, período em que desempenhei as funções de secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
Em tempos tão incertos e atribulados como os que vivemos, os portugueses e as suas comunidades no Mundo são uma verdadeira fonte de inspiração sobre o modo como, individual e coletivamente, poderemos todos fazer face aos desafios do futuro.
E são, acima de tudo, um alicerce vivo e sólido da presença de Portugal na vida internacional. A defesa dos seus interesses, o seu continuado apoio, promoção e valorização, em todas as dimensões e por todas as instâncias, são requisitos essenciais na prossecução e execução das políticas e iniciativas dirigidas às comunidades portuguesas.
Foi esta orientação que procurei imprimir ao meu trabalho, aliada a esteios de contacto e de proximidade que são inerentes à missão que cumpri e que constituem, a meu ver, um dever e imperativo da mesma.
Gostaria de realçar, de entre as diferentes conquistas alcançadas na última legislatura, no domínio das comunidades portuguesas, o crescimento tão expressivo de votantes nas eleições legislativas. O número de portugueses residentes no estrangeiro que votaram aumentou cinco vezes, face às eleições legislativas de 2015. Este crescimento deveu-se às alterações às leis eleitorais, aprovadas em 2018, em particular ao recenseamento eleitoral não automático, dos portugueses no estrangeiro.
O crescimento da votação mostra que há uma vontade de participação na vida política nacional por parte de quem mora no estrangeiro.
Há naturalmente aspetos a aperfeiçoar neste domínio, o que convocará os contributos dos responsáveis governativos, dos deputados à Assembleia da República, de representantes da diáspora e de vozes com conhecimento técnico.
