Maria Cândida Teixeira admite que solução para o financiamento pode passar pela captação de fundos comunitários, através da parceria portuguesa.
A ministra da Ciência e Tecnologia de Angola, Maria Cândida Teixeira, pediu o apoio de Portugal na formação científica e capacitação das instituições angolanos, nomeadamente com a canalização de apoios financeiros da União Europeia.
A governante angolana falava acompanhada do homólogo português, Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, à margem da primeira edição do “Fórum Futuro”, que pretende mostrar os passos da investigação científica que estão a ser dados em Angola.
De acordo com Maria Cândida Teixeira, os dois países estão apostados na dinamização das relações nesta área e na definição de “projetos concretos”, bem como na captação de investimentos, públicos e privados, para parcerias de investigação científica.
“Mas necessitamos de apoio em programas de formação. Sem capital humano não se faz investigação científica”, reconheceu a governante angolana.
“Nós temos uma grande vantagem. É que Portugal pertence à União Europeia e sabemos que há fundos da União Europeia disponíveis para a investigação científica através dos países europeus. Neste caso temos um parceiro bastante importante que será Portugal”, apontou.
O ministro Manuel Heitor, que iniciou na segunda-feira uma visita a Angola, recordou que 4.000 angolanos estão atualmente a estudar em Portugal e que o objetivo passa por reforçar esta relação, nos dois sentidos.
Para o efeito, foi já constituído um grupo de trabalho entre os dois governos, com vista a elaborar uma “agenda para os próximos 10 a 15 anos”, definindo os princípios do reforço da cooperação científica e formas de atrair “investimento público e privado” para os futuros projetos.