O administrador comunal de Camuine, Elias Nahenda, manifestou esse anseio dos produtores, disse que a comuna tem terras aráveis e recursos hídricos que propiciam escalas de produção de trigo e café.
“A nossa comuna é rica. Tem terras aráveis e recursos hídricos. É preciso que o Governo, apesar dos ‘inputs’ agrícolas e fertilizantes que tem dado, alargue a distribuição de sementes de trigo. Com mais apoios, vai ser possível reativar a produção de trigo, café e outros produtos do campo”, afirmou.
Lembrou que, de 1970 a 1980, a comuna produziu elevadas quantidades café e trigo, sendo necessário potenciar para contribuírem, de forma positiva, para o processo produtivo e a diversificação da produção agrícola.
O administrador comunal de Camuine defendeu ainda a contínua manutenção das estradas e outras vias de comunicação, como forma de estimular os empresários a investirem e dinamizar as trocas comerciais na localidade.
Elias Nahenda indicou que, na comuna, produzia-se muito café e que, atualmente, “o espírito de iniciativa” neste domínio está aquém do desejado: “apesar das ações do Governo, é preciso mais que outras ocorram na comuna, com objetivo de melhorar a qualidade de vida das populações”, disse.
O administrador referiu que a construção de infraestruturas, sobretudo, no domínio da Educação e Saúde, bem como a formação de quadros são necessárias em Camuine, uma comuna extensa, com mais de 10 mil habitantes. Por isso, urge implantar novos serviços na sede comunal, aldeias e bairros periféricos.
“Já temos um centro médico na sede municipal que, conforme a promessa do governador provincial de Benguela, vai ser ampliado, mas queremos expandir os serviços a outras localidades, tais como Camuine Baixo e Bunjei”, salientou.
O administrador comunal de Camuine apontou, também, a necessidade da construção de uma ponte sobre o rio Tchassi, a qual vai dinamizar a circulação de pessoas e estimular as trocas comerciais entre o campo e a cidade, ligando os municípios de Chongoroi (Benguela) e Caluquembe (Huíla).
A ponte, além de dinamizar a circulação de pessoas e bens, vai evitar a volta que se dá, atualmente, com a passagem pelo município da Cacula, para quem se desloca de Camuine (Chongoroi) para o município de Caluquembe ou cidade do Lubango, província da Huíla.