Portugal recuperou no terceiro trimestre de 2016 a liderança nas origens das importações angolanas, antes dominadas pela China que, no entanto, permanece no topo dos destinos das exportações de Angola, comprando praticamente metade do petróleo produzido no país.
O chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, mostrou interesse em Angola e Portugal fortalecerem as relações político-diplomáticas para potenciar uma maior aproximação no setor dos negócios e mesmo o desenvolvimento de parcerias público-privadas.
O governante angolano discursava em Luanda na abertura das conversações com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, que esteve recentemente numa visita oficial a Angola.
Para Georges Chikoti, esta visita é “uma demonstração do interesse inequívoco” dos dois países na “contínua dinamização das relações bilaterais e na identificação de novas oportunidades de parcerias mutuamente vantajosas”.
“Neste contexto, o estado atual das nossas relações político-diplomáticas e de cooperação deve ser cada vez mais fortalecido, sendo por isso necessário a promoção e o incremento do diálogo político ao mais alto nível com vista à criação das condições objetivas para a aproximação do setor dos negócios e desenvolvimento de parcerias privadas ou público-privadas”, disse o ministro das Relações Exteriores de Angola, na receção à comitiva portuguesa.
Para Georges Chikoti, esta visita deverá servir para o “intercâmbio de ideias sobre as possibilidades e as formas de estimular a cooperação económica”, que apresenta um “universo de oportunidades” que merecem ser mais bem exploradas, nomeadamente no setor da Agricultura, uma das prioridades definidas pelo Governo angolano como resposta à crise que resultou da quebra nas receitas com a exportação de petróleo.
“A agricultura constitui a alavanca do processo, pois para além de ser o setor que mais emprega, contribui significativamente para a redução da fome e da pobreza da população rural, numa visão de tornar o país autossuficiente” em termos alimentares.
O Governante angolano sublinhou que a nova legislação sobre o investimento privado, nomeadamente o valor mínimo para investir em Angola, e a redução no “excesso de burocracia” na emissão de vistos, vieram “dar resposta” a algumas das “preocupações frequentemente apresentadas” pelos empresários portugueses e não só.
“As novas modalidades de incentivos estão mais atrativas, por esta razão encorajamos os investidores portugueses a encararem o futuro com otimismo”, concluiu Chikoti.
































