Falando à ONU News, de Luanda, a coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, disse ver um papel preponderante da organização atuando em colaboração com as autoridades locais.
“Nesta presidência, Angola tem a oportunidade e o desafio de reforçar o espírito de colaboração da CPLP. É através de um desenvolvimento sustentável e da Agenda 2030, capacitando mulheres e jovens, que os países irão recuperar da pandemia Covid-19. É preciso solidariedade e inclusão, não deixando ninguém para trás. E Angola tem demonstrado este entendimento. A ONU Angola tem aqui um papel essencial no apoio ao combate às desigualdades, que aumentaram com a pandemia. Somos parceiros dos angolanos para que assumam essa liderança na recuperação socioeconômica, garantindo os direitos humanos e a estabilidade democrática.”
Na 13ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, Angola sugeriu a criação de um Banco de Investimento da CPLP, para valorizar o potencial econômico dos Estados-membros e contribuir para que o bloco seja uma “força econômica relevante”.
Em Luanda, a organização com nove países-membros e 19 observadores associados adotou um acordo de mobilidade entre seus cidadãos. A iniciativa cria o visto e a autorização da residência para o espaço comunitário.
Em mensagem apresentada na sessão, António Guterres, secretário-geral da ONU, disse que “somente podem ser ultrapassados os desafios atuais e futuros, incluindo os que foram expostos pela pandemia, com ação multilateral ambiciosa e coordenada”.
António Guterres destacou a CPLP entre as parcerias das Nações Unidas que mais cresceram em tamanho e substância nos últimos anos.
Dessa forma, foi mais fácil lidar com transições e com a busca de soluções para desafios políticos, continuando o reforço da cooperação como a visão para um multilateralismo interligado.