Estes vinhos são produzidos pelo enólogo português António Maçanita, que é sócio da Azores Wine Company, uma operação que está na vanguarda para colocar os vinhos dos Açores a sério no mapa.
O vinho é aqui produzido há muitos séculos, mas foi apenas quando as ilhas foram declaradas Património Mundial da UNESCO como região vitivinícola em 2004 que o potencial em termos de vinhos de qualidade começou a chamar a atenção.
As vinhas são cultivadas na costa rochosa na base de uma montanha vulcânica, um terroir que aparentemente define a definição de solo inutilizável e onde nada pode ser cultivado além de uvas.
O tinto não tem carvalho, um vinho com um teor alcoólico respeitavelmente baixo de apenas 12% feito a partir de uma mistura de muitas variedades diferentes, incluindo Aragonês, Castelão, Syrah, Merlot, juntamente com uvas locais.
De cor vermelha rubi, apresenta notas de cereja e especiarias no nariz, uma bela frescura na boca e taninos finos com um ligeiro salgado ao final seco.
Um pouco de história
Estas Ilhas foram colonizadas em meados do Séc. XV, pensando-se que foram os Frades Franciscanos quem nelas introduziram o plantio da vinha; na época constataram semelhanças entre as condições edafoclimáticas da Sicília e algumas ilhas deste Arquipélago, tendo trazido várias plantas da casta mais conhecida, o Verdelho (antigo Verdecchio siciliano, segundo alguns investigadores), cuja expansão foi rápida e abundante.
O vinho produzido tornou-se famoso e foi largamente exportado, particularmente o produzido na Ilha do Pico, para todo o Norte da Europa e até para a Rússia. Depois da revolução bolchevique, em 1917, foram encontradas garrafas de Vinho Verdelho do Pico armazenadas nas caves dos antigos czares da Rússia.
O que esperar dos Açores?
A cultura da vinha nos Açores é feita apenas em três ilhas, Graciosa, Biscoitos e Pico com as Denominações de Origem criadas em 1994, produz-se vinhos brancos com as castas Arinto, Terrantez, Boal e Fernão Pires e Verdelho, a casta mais famosa e mais cultivada.
Os vinhos generosos açorianos oferecem uma frescura e acidez notáveis e o generoso da ilha do Pico é considerado o de maior destaque.
Castas comuns
Arinto, Boal, Fernão Pires, Terrantez e Verdelho
Selo de Garantia
Cabe à CVR do Algarve certificar a qualidade e autenticidade dos vinhos da região.
Fonte: CVR Açores, Wines of Portugal e Instituto do Vinho e da Vinha.