A tradição dita que na noite de consoada deve chegar à mesa cozido, acompanhado por batatas, ovos e hortaliça, antes de ser bem regado com azeite. Saiba mais sobre o peixe conhecido com o “melhor amigo do português”.
Bacalhau é o nome comum de várias espécies de peixes classificados em vários géneros, sendo que o que chega à mesa dos portugueses chama-se “Gadus morhua” e pertence a uma das cerca de 60 espécies da mesma família de peixes migratórios. Pescado no Oceano Atlântico, nas águas frias da Islândia, do Canadá e do Mar da Noruega, chega aos pontos de venda em Portugal já seco e salgado. Portugal consome cerca de 70 000 toneladas de bacalhau seco salgado por ano, com o Natal como o período no qual é mais procurado
Os portugueses têm mais facilidade em reconhecer o aspeto do bacalhau após a secagem e a salga, quando apresenta uma coloração palha homogénea e a cauda cinza e uniforme. Quem o vai cozinhar está mais interessado em saber conhecer características como as postas altas e claras, que se desfazem em lascas tenras quando cozidas.
A história da pesca do bacalhau pelos portugueses remonta a 1353, a um acordo entre D. Pedro I e Edward II de Inglaterra, para que os pescadores portugueses pudessem pescar nas águas inglesas. Entretanto, vão existindo outras referências, mas só a partir do século XV é que surgem vários documentos sobre a pesca dos portugueses no Atlântico norte.
Bem anterior à tradição do consumo de bacalhau por parte dos portugueses é o surgimento das primeiras fábricas de preparação de bacalhau, na Noruega e na Islândia, que remonta ao século IX. Ainda hoje estes são os maiores polos de pesca e exportação do “melhor amigo do português”.