O Benfica acumulou no último ano um prejuízo de 17,4 milhões de euros contra lucros de 41,7 milhões no exercício anterior. A SAD culpa a a covid-19, a ausência da Champions e o investimento no plantel.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD do Benfica dá conta de um resultado líquido negativo de 17,4 milhões de euros no exercício terminado em junho de 2021, valor que compara com lucos de 41,7 milhões de euros alcançados nos 12 meses anteriores.
A SAD do Benfica justifica os maus resultados com um “um período de extraordinária complexidade, sujeito aos impactos da covid-19, para além da não participação na Liga dos Campeões e do forte investimento realizado no plantel de futebol.”
A sociedade refere ainda que os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) superaram os 94 milhões de euros, uma quebra de 32,8%, por causa da “inexistência de receitas de matchday, devido à realização de jogos sem público, e pela redução dos rendimentos com prémios distribuídos pela UEFA”.
Os proveitos com transações de direitos de atletas ascenderam a 100 milhões de euros, graças à transferência do jogador Rúben Dias para o Manchester City.
Apesar da deterioração nas contas, o clube mantém os capitais próprios positivos, com um ativo de 523,3 milhões de euros e um passivo de 379,6 milhões de euros.
As ações da SAD do Benfica valorizaram esta quarta-feira em bolsa 17% para um novo valor recorde de 5,08 euros, em reação à notícia que o ex-presidente da SAD Luís Filipe Vieira se prepara para vender as suas ações a um preço de 7,80 euros.
A SAD afirma desconhecer quem será o comprador das ações que serão alienadas por Luís Filipe Vieira, mas recorda que o clube tem o direito de preferência nessa compra. Não esclareceu ainda é se vai exercer esse direito. Luís Filipe Vieira tem 3,28% do capital do Benfica.
