O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, disse que o clima é favorável e muito propício ao novo momento das relações Brasil-China e que os laços bilaterais serão cada vez mais fortes e inabaláveis.
O ministro brasileiro comemorou o levantamento do embargo às importações de carne bovina brasileira pela China, 29 dias após a suspensão das exportações para o país asiático, após ter sido detetado um caso BSE no Brasil. “Essa rapidez, não precarizando em hipótese alguma a qualidade e a segurança necessária para a relação comercial, mostra a relação afetuosa e profícua entre os dois países. A última vez que aconteceu um caso desses, foram precisos mais de 100 dias para o embargo ser levantado”, disse Fávaro.
Carlos Fávaro anunciou também que há quatro novas plantas frigoríficas brasileiras habilitadas a exportar para a China, o que não ocorria desde 2019. Outras duas plantas frigoríficas que estavam suspensas tiveram o embargo levantado. “Temos hoje mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas à disposição da avaliação do governo chinês. As oportunidades estão postas na mesa e, com certeza, teremos mais comércio em todos os produtos e todo o portfólio entre Brasil e China”, acrescentou o ministro.
Durante a visita à China, Carlos Fávaro tratou também com o lado chinês sobre os investimentos da China no Brasil, ciência, tecnologia e inovação, sustentabilidade, certificação eletrônica e outras pautas, além da ampliação das relações comerciais.
Segundo dados do Ministério do Comércio da China, o volume de comércio bilateral entre a China e o Brasil atingiu US$ 171,49 bilhões em 2022, tendo tornado a China no maior parceiro comercial do Brasil por 14 anos consecutivos. O Brasil é o maior fornecedor de soja, frango e açúcar para a China. O milho brasileiro e outros produtos agrícolas alcançaram também um rápido crescimento nas exportações para a China.
