Ingressos eram gratuitos, sob forma de convite, mas rapidamente se transformaram em objeto de procura no mercado negro.
A Câmara de Gutersloh, localidade alemã que alberga uma vasta comunidade portuguesa, ficou “aborrecida” ao tomar conhecimento de venda ilegal de bilhetes – e a preços exorbitantes – para o treino aberto de Portugal, marcado para as 17h00 portuguesas desta sexta-feira, no estádio do clube local.
Em declarações ao jornal desportivo O Jogo, Henning Matthes, vice-presidente da Câmara, expressou o desagrado sobre uma situação que, segundo o próprio, “não deveria acontecer”.
“Recebemos convite da UEFA, que não têm nome. Ficámos aborrecidos por ver que, posteriormente, estavam a vender convites no mercado negro”, explicou, referindo, no entanto, que cada ingresso (gratuito) tem a indicação de ser “pessoal e intransmissível”.
Os bilhetes da polémica, importa referir, começaram a ser colocados à venda através de plataformas online a preços que ascenderam até perto de 1000 euros, na tentativa de tirar proveito do entusiasmo da comunidade emigrante lusa em redor da estadia da Seleção Nacional em Marienfeld (a cerca de 10 km de Gutersloh).
As pessoas interessadas no procedimento normal de obtenção de bilhetes tinham de fazer o registo através de uma plataforma online, mas a afluência superou, em larga escala, o número de ingressos disponíveis (cerca de oito mil), num período de meros minutos. A partir daí, arrancou uma corrida desenfreada, nomeadamente ao mercado negro.
A FPF, recorde-se, já tinha reagido ao tema, avançando com uma denúncia do processo de venda ilegal.