A tecnologia é 100% portuguesa e eco-friendly, assim como a sua produção e tem como objetivo diminuir o número de fatalidades existentes com peões, que em 75% dos casos ocorrem no escuro.
Chama-se MUSGO, e é o mais recente casaco iluminado destinado aos amantes de desporto, trabalhadores ou até mesmo peregrinos, que tem um sistema de iluminação inteligente com fibras óticas e dispõe de uma aplicação móvel para utilização em smartphone.
«O sistema de iluminação inteligente com fibras óticas que desenvolvemos aumenta a segurança dos utilizadores através da iluminação ativa e é “inteligente” graças ao recurso a sensores que existem num smartphone e que ajudam, por exemplo, a sinalizar a travagem de um ciclista ou informar um trabalhador que saiu da área de segurança», explica Filipe Magalhães, diretor científico e tecnológico da VIME, entidade que juntamente com as também empresas portuguesas SCOOP e LAPA são responsáveis por este novo conceito.
O casaco inclui uma série de outras características premium, tais como como um «bolso saudável» para isolar o corpo da radiação emitida pelo smartphone; uma «cauda rebatível» para evitar salpicos/sujidade na roupa de quem andar de bicicleta em condições de chuva; bolsos ventilados com fechos bidirecionais para regulação de temperatura e um painel respirável cortado a laser.
MUSGO é feito com um tecido que incorpora partículas de carvão ativado obtidas a partir de cascas de coco recicladas. As vantagens deste tecido? «Não se desgasta (pode ser lavado mais de 100 vezes sem comprometer a sua forma e estrutura), não vinca, seca 92% mais depressa do que o algodão e bastante mais rápido que outras fibras técnicas usadas em vestuário desportivo, elimina odores e bloqueia radiação UV», explica Filipe Magalhães.
O casaco está disponível a um custo de 287 dólares (o equivalente a cerca de 250 euros), na plataforma de crowdfunding Indiegogo, onde está a decorrer uma campanha nos próximos 30 dias com o objetivo de angariar cerca de 70 mil euros, e poderem entre outras questões, avançar com a produção industrial dos casacos e atingir uma relação de custo que permita colocar o produto no mercado a um preço competitivo.
Para além de Portugal, o casaco quer chegar aos mercados norte-americano, ao Canadá, Reino Unido e países do Norte e Centro da Europa, Holanda, Alemanha, Áustria, Polónia, Bélgica, Noruega, Suécia, Finlândia, países onde as horas de sol são reduzidas e, por isso, há maior procura deste tipo de soluções.
































