A China tornou-se o primeiro país a aterrar uma sonda no lado mais afastado da Lua, a Chang’e-4, informou a televisão estatal, ilustrando os ambiciosos planos espaciais do país.
A sonda Chang’e 4, que é o nome da deusa chinesa da Lua, pousou no satélite natural da Terra, às 10H26 do dia 3 de janeiro, em Pequim (03H26 em Lisboa).
O Chang’e 4 foi lançado no dia 29 de dezembro do Centro Espacial de Xichang, sul da China.
Em 2013, a China conseguiu fazer aterrar uma sonda espacial na Lua, pela primeira vez, numa proeza só realizada até então pela antiga União Soviética e pelos Estados Unidos.
Mas a nova missão da agência espacial chinesa é a primeira a enviar uma sonda e um veículo robotizado para o lado oculto da Lua, o hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra.
Em maio, a China tinha já lançado um satélite de retransmissão para assegurar a comunicação entre os controladores e a sonda lunar Chang’e-4.
O objetivo é testar o crescimento de plantas e captar sinais de radiofrequência, normalmente bloqueados pela atmosfera terrestre.
A missão ilustra ainda a crescente ambição de Pequim no espaço, símbolo do progresso do país.
Este ano, Pequim planeia ainda iniciar a construção de uma estação espacial com presença permanente de tripulantes e, no próximo ano, enviar um veículo de exploração a Marte.
Em 2020, a China planeia ainda enviar a sonda Chang’e 5, com o objetivo final de regressar à Terra com amostras de matéria recolhida na Lua. A verificar-se será a primeira missão deste género desde 1976.
Até agora, o país realizou também cinco missões tripuladas, a primeira em 2003 e a mais recente em 2013, enviando para o espaço dez astronautas (oito homens e duas mulheres).