Paris vai receber, no próximo dia 29 de setembro, o segundo Encontro de Cientistas Portugueses em França.
O segundo Encontro de Cientistas Portugueses em França, realiza-se em Paris, numa altura em que, segundo Eliana Tavares, vice-presidente da Associação de Graduados Portugueses em França (AGRAFr), há muitas pessoas a quererem voltar e que «poderia fazer de Portugal um país de ponta» na investigação científica.
A coordenadora do encontro, afirmou à Lusa que vão estar presentes cientistas portugueses que residem em França, alguns dos quais emigraram depois de um «período negro» em que «não havia número suficiente de bolsas e era impossível fazer investigação».
Adianta ainda que, se houver esta abertura do Governo, «acho que é o momento em que devemos aproveitar estes trabalhadores científicos e poderíamos fazer de Portugal um país de ponta a nível de investigação científica porque em termos de formação nós já somos muito bons. Falta a parte do desenvolvimento».
O evento, que vai contar a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, pretende «estabelecer novas cooperações» e também defender os investigadores portugueses em França e em Portugal. «Queremos dar a conhecer à comunidade portuguesa em França o que é que os cientistas fazem e fazê-los conhecerem-se entre si. Depois, queremos estimular os direitos dos graduados e dos investigadores portugueses em França, mas também em Portugal, porque muitos de nós vão voltar para Portugal», adiantou a investigadora de 27 anos.
Numa fase em que se fala dos incentivos fiscais para o regresso dos emigrantes a Portugal, o encontro também poderá abordar «como fazer do modelo do trabalho científico em França algo que se possa adaptar a Portugal».
«Em França, temos uma progressão na carreira, temos um contrato de trabalho, é muito semelhante àquilo que se passa com os professores em Portugal. Queremos mostrar às pessoas que isto é possível fazer, é exequível, e o impacto que isto tem a nível internacional. Ou seja, os laboratórios franceses, o Pasteur, o Curie, o Gustave Roussy são institutos de renome a nível internacional com impacto enorme na ciência e Portugal poderia ter isto», sublinhou.
O tema do 2º Encontro de Cientistas Portugueses em França, “O Cientista na Sociedade e na Diplomacia”, vai ser dividido em três painéis: um sobre Portugal e a diáspora científica, outro sobre o papel do cientista na sociedade e o terceiro sobre o financiamento da ciência.
































