A obra, coordenada pelos académicos João Gouveia Monteiro e Maria Leonor Cruz Pontes, contempla a Biblioteca Joanina, a Capela de São Miguel e o seu órgão barroco, o Jardim Botânico e o Museu Nacional de Machado de Castro.
“Não podendo incluir todos os locais listados num só livro, escolhemos estes cinco, bastante diversificados e de grande valor patrimonial e turístico em Coimbra, que no seu conjunto têm um valor incalculável”, disse o historiador João Gouveia Monteiro.
“São ao todo seis textos sobre estes cinco locais de sonho do património classificados em 2013, que se celebram neste livro, que tem versão em português e inglês e é profusamente ilustrado de todos os locais”, acrescentou.
Existem dois artigos sobre a Biblioteca Joanina – um sobre a sua construção, da autoria do Professor Fernando Taveira da Fonseca, “muito inovador, que comprova documentalmente que a biblioteca foi paga, não pelo rei, mas pela própria universidade, que, durante a sua construção, (1717-1728), destinou um terço do seu orçamento à construção e conduziu todo o processo”.
O livro conta ainda com peças de António Filipe Pimentel (segundo artigo da Biblioteca Joanina), Gabriel Pereira (Capela de São Miguel), Paulo Bernardino (órgão barroco da Capela de São Miguel), Ana Cristina Tavares dos Santos (Jardim Botânico) e Maria de Lurdes Craveiro (Museu Maxado de Castro).
No prefácio, João Gouveia Monteiro salienta que os artigos não são uma “repetição” do que já se sabia sobre aqueles equipamentos, mas sim “um estudo rigoroso e atualizado sobre cada uma destas “cinco joias”, feito por especialistas de indiscutível competência e reputação”.
O lançamento das Cinco Jóias terá lugar na quarta-feira, pelas 17h00, na Capela de São Miguel, numa sessão em que será possível ouvir algumas peças de música ibérica dos finais do Renascimento e Barroco compostas para órgão, interpretada pelo organista titular da UC, Paulo Bernardino.
“Acho que é uma forma muito digna de começar a comemoração do 10º aniversário da classificação de Coimbra – Alta e Sofia como Património Mundial pela UNESCO”, sublinhou João Gouveia Monteiro.