O valor médio dos combustíveis à venda em Cabo Verde voltou a cair este sábado, mais 1,25%, mas permanece 46% acima dos preços praticados há um ano, segundo a Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME). Esta descida surge no dia em que os sindicatos acordaram com o Governo o aumento do salário mínimo e a atualização dos ordenados mais baixos.
Em comunicado, a ARME refere que a atualização dos preços máximos dos combustíveis em Cabo Verde, que é feita todos os meses e que já em agosto tinha refletido uma redução média global de 10% e em setembro menos quase 4%, levou em conta a introdução de alterações à legislação, nomeadamente sobre a importação, depois de em abril, maio e junho o Governo ter suspendido o mecanismo de fixação de preços, face à crise económica provocada pela guerra na Ucrânia.
Em simultâneo, o salário mínimo nacional vai subir nove euros e os ordenados mais baixos na administração pública serão atualizados até ao máximo de 3,5%, anunciou esta sexta-feira um sindicato.
A informação foi avançada à imprensa, na cidade da Praia, pelo presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, à saída de uma reunião do Conselho de Concertação Social, para debater a proposta de Orçamento do Estado para 2023.
Segundo o líder sindical, que levou a proposta, foi consensualizado um aumento de 13 mil escudos (117 euros) para 14 mil escudos (126 euros) já no próximo ano, enquanto no ano seguinte vai-se discutir possíveis aumentos, em função da situação do país.