Volta ao Mundo26/02/2021
Protocolos sanitários apertados, sem a previsão do passaporte de vacinação, rotas novas com Lisboa no epicentro e a cultura portuguesa a bordo são algumas das novidades anunciadas esta semana pela Norwegian Cruise Line e pela Costa Cruzeiros.
Um ano depois da última viagem, a Norwegian Cruise Line (NCL) decidiu anunciar novidades, ainda que sem data marcada para o recomeço das atividades. Uma coisa é certa: a vida pós-pandémica da companhia de cruzeiros passará por Portugal.
A esperança de Jürgen Stille, senior director Business Development para a Europa, é a de que o verão marque o retorno da normalidade, ainda que uma normalidade adaptada, para a qual a NCL assegura estar perfeitamente preparada. Portugal entra nas rotas dos seus cruzeiros em novembro, com programas Lisboa-Lisboa e Lisboa-Rio de Janeiro, parando nos incontornáveis Açores, abordo do Norwegian Star.
Era o mercado em que a empresa estava a apostar quando um vírus parou o Mundo, ainda que implicasse que os clientes tivessem de se deslocar para Barcelona, o porto de embarque mais próximo. E a verdade é que a aposta deu frutos. Se 2021 está parado em termos de reservas, a época de 2022-2023 está com muito mais marcações do que estaria se não houvesse uma pandemia a suspender o turismo. Trata-se de reservar para garantir lugar quando se prevê que a sede de viagem esgote a oferta. E os portugueses acompanham o entusiasmo.
Para lá de anunciar uma nova plataforma de reservas que permite definir voo e cruzeiro, num instrumento essencialmente direcionado aos agentes de viagens, a NCL quis deixar claro que montou um plano de segurança para travar a covid-19. Desenhado por um grupo de peritos em saúde e segurança e concluído antes de haver vacina contra o SARS-CoV-2, o plano envolve a formação da tripulação, um sistema mais adequado de manutenção de filtros e toda uma série de procedimentos que garantam que o vírus não entra a bordo. Kevin Bubolz, managing director para a Europa, não prevê que a companhia exija um passaporte de vacinação, como se prevê noutros setores. Mas admite vacinar todas as tripulações mal a vacina esteja disponível para o público em geral. Num setor que foi dos primeiros a ser afetado pela covid, com navios atracados em quarentena e surtos a bordo, a segurança pode ser a palavra-chave para a retoma.
Também a Costa Cruzeiros anunciou esta semana o investimento no mercado português e espanhol para atrair clientes já a partir de junho, oferecendo o “Produto Ibérico” (gastronomia e entretenimento) nos seus navios mais procurados, o Costa Pacifica (Mediterrâneo), o Costa Magica (Ilhas Gregas) e o Costa Fortuna (norte da Europa). Tudo combinado com o toque italiano que caracteriza a empresa, promete.
Outra garantia é, como com a NCL, a da implementação de um protocolo de segurança, que inclui teste de antigénio gratuito para passageiros e tripulantes, controlos de temperatura no embarque e desembarque, excursões em bolha, em grupos mais pequenos e sem interação coma população de destino. Medidas que já foram aplicadas em Itália no tempo em que a época abriu, em setembro passado.
