A prefeitura da região de Hérault suspendeu por três meses o trabalho dos portugueses, mas obrigou a empresa a pagar-lhes o salário durante este tempo.
As autoridades francesas mandaram suspender o trabalho de 130 operários portugueses que estavam a construir apartamentos na região de Hérault, no sul do país gaulês. Em causa está o facto de os operários estarem a trabalhar no regime de destacamento de forma alegadamente ilegal, pelo menos desde junho do ano passado.
De acordo com a prefeitura (semelhante aos antigos governos civis), os trabalhadores estavam a laborar em cinco obras da região, para duas empresas. Uma delas até tinha sede em França, mas obtinha trabalhadores através de uma empresa de trabalho temporário portuguesa.
Uma investigação da prefeitura permitiu descobrir que a empresa de trabalho temporário não tinha qualquer atividade em Portugal, o que é ilegal no regime de destacamento. Também foi apurado que a empresa de trabalho ocasional e a sociedade de construção pertenciam à mesma família, pai e filha.
As autoridades francesas desconfiam que tudo não passava de um esquema destinado conseguir avultados lucros com a mão de obra portuguesa que era declarada, com impostos mais baixos, em Portugal e não em França.
A prefeitura suspendeu por três meses o trabalho dos portugueses, mas obrigou a empresa a pagar-lhes o salário durante este tempo.
































