O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Francisco Ribeiro Telles, disse que a organização acompanha com «redobrada preocupação» a situação política na Guiné-Bissau.
«A CPLP tem acompanhado com preocupação a situação da Guiné-Bissau e já o expressou publicamente. Agora, em face a estes últimos acontecimentos, com redobrada preocupação», referiu aos jornalistas, em Maputo, capital de Moçambique.
«O que temos estado a tentar dentro da CPLP é que nos possamos concertar para encontrar uma solução para a crise na Guiné-Bissau», concluiu.
O presidente guineense, José Mário Vaz, recusou esta semana o nome de Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro, apesar de este ter vencido as eleições legislativas de 10 de março pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
«O nome proposto não está em condições de assegurar um relacionamento institucional são e ético e sem ruturas institucionais irremediáveis com o Presidente da República», explicou o chefe de Estado, que já tinha demitido Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro em 2015.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu um prazo até domingo para ser nomeado o primeiro-ministro e o Governo na Guiné-Bissau, de acordo com os resultados das eleições, e admitiu a possibilidade de impor sanções a quem criar bloqueios ao processo de normalização do país.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.