Em visita à ONU, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, defende programa específico de cooperação com a doação de vacinas contra a Covid-19, às nações de língua portuguesa, anunciando que triplicará a quantidade de unidades já entregues a alguns países.
Também Augusto Santos Silva quer “paciência e compreensão” em relação a medidas para a entrada no território português após a descoberta da variante Ómicron.
“Portugal é dos países do mundo com maior nível de vacinação. A nossa população adulta está praticamente toda vacinada. Nós já estamos a vacinar os mais velhos com a terceira dose. Desse ponto de vista somos uma exceção, a maioria do mundo não está neste estágio. Por isso mesmo é que é muito importante para nós, ao mesmo tempo que vacinamos a nossa gente, ter um programa de cooperação com os países de língua portuguesa, especialmente os de África e Timor-Leste, um programa de doação de vacinas. Neste momento já doamos 2 milhões de vacinas e o nosso propósito é chegar aos 6 milhões. Mas isso é um esforço que nós temos que fazer todos, porque uma coisa é certa: enquanto houver região do mundo em que a vacinação não esteja generalizada, nenhuma outra região do mundo pode dizer que está segura”.
Portugal mantém a suspensão de voos de e para a África Austral com vista a conter a Ómicron. O país confirmou pelo menos 37 casos da nova variante.
O chefe da diplomacia portuguesa pediu paciência para os afetados pelas novas restrições em Portugal, explicando que as medidas durarão enquanto as autoridades de saúde tentam entender a variante, seus efeitos e como combatê-la.
“Tivemos que pedir às pessoas um sacrifício mais. Neste momento, todas as pessoas que entram em Portugal, mesmo que estejam vacinadas, têm que apresentar um teste negativo. E eu vou para Portugal hoje à tarde e já fiz o meu teste para esse efeito. Portanto são sacrifícios que se pedem às pessoas. Nós pedimos a compreensão porque queremos combater este vírus, queremos evitar que ele se espalhe.”