A Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP) apontou a desigualdade de recursos e a retoma dos jogos da lusofonia como grandes desafios, anunciou a presidente à margem da celebração dos 20 anos da associação.
A ACOLOP celebra 20 anos da sua criação e para marcar a data deu uma entrevista à Inforpress sobre as conquistas e desafios da associação.
A abertura da nova sede em Portugal, a vontade de retomar os Jogos da Lusofonia e o aproximar das relações com os 12 comités membros, foram alguns temas tratados no encontro.
De acordo com a presidente da ACOLOP, Filomena Fortes, ainda persistem vários desafios nomeadamente, a questão da desigualdade de recursos porque, explicou, há países que possuem infraestruturas avançadas e outros que carecem de recursos básicos e isso tem criado um campo de desigualdade entre os membros da ACOLOP.
Um outro desafio está relacionado com a sustentabilidade do próprio evento.
“Há a necessidade de retomarmos os Jogos da Lusofonia que temos agendado para 2026 e uma das ações que será tida em conta neste momento é o lançamento do livro de comissões em 2025 para que os países possam candidatar-se. Mas é necessário garantir alguma viabilidade financeira para que isto possa continuar sem reservas nos próximos anos”, explicou Filomena Fortes.
Assim sendo, acrescentou que há possibilidade também de mudar o figurino dos Jogos que existiam antes dos Jogos da Lusofonia para que os Jogos sejam jogos de praia, um assunto que a mesma fonte assegurou já ter sido discutido na Assembleia Geral.
“Queremos aumentar a visibilidade no panorama internacional, a comunicação com outras organizações e a aliança internacional, mas queremos que estes desafios sejam transformados de alguma forma em realidade, aumentando também a parceria entre todos os países e buscando novos patrocinadores”, disse.
E, neste caso, a presidente referiu que estão a ser criados programas de formação para que todos os países possam estar, pelo menos, ao nível da igualdade, sem ter que respeitar, por exemplo, a formação de treinadores, atletas e até gestores desportivos.
Não obstante esses desafios, Filomena Fortes afirmou que houve “grandes conquistas” nestes 20 anos, principalmente com a colocação dos países lusófonos em que houve alguma “cooperação e solidariedade”.
Terminou dizendo que, atualmente, há atletas a preparar-se para os Jogos Olímpicos de Paris, em Portugal, bem como de outros países, também membros da Lusofonia.