Suspeitos terão pirateado as contas de 15 farmacêuticos baseados na região do Grand Est para emitir os documentos.
Nove pessoas que emitiram e venderam quase quase 7.000 falsos certificados de vacinação foram detidas no final de junho e convocadas a comparecer perante um juiz de instrução, segundo informação divulgada esta segunda-feira pelo tribunal inter-regional especializado de Nancy.
As pessoas em causa, “um hacker e oito revendedores”, foram detidas na região parisiense, nas proximidades de Lyon e de Drôme, precisa o comunicado.
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Duas delas já se encontram na prisão devido a outros crimes e “alguns dos arguidos são já conhecidos dos tribunais por ataques a um sistema tratamento automatizado de dados”, acrescentaram os magistrados de Nancy.
Entre 31 de agosto e 10 de setembro de 2021, invadiram as contas de 15 farmacêuticos estabelecidos na região do Grand Est, explorando “uma falha de segurança no site da ordem dos farmacêuticos”.
Passes custavam entre 100 e 400 euros
“Doze das quinze contas pirateadas foram utilizadas para emitir passes falsos”, explicou o tribunal, acrescentando que a ordem dos farmacêuticos apresentou queixa.
Esta pirataria terá permitido aos nove indivíduos revender 6.927 certificados falsos por preços que variavam entre 100 e 400 euros, “gerando um lucro criminoso significativo”.
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O Ministério Público da região abriu uma investigação preliminar em novembro de 2021 e foi nomeado um juiz de instrução a 4 de março. Os nove arguidos foram presos e detidos no final de junho e comparecerão “em breve” perante um juiz de instrução.
“O fenómeno dos passes falsos apresenta perigos para a vida humana, particularmente no caso de tratamento médico inadequado de pessoas com passes falsos nas urgências”, sublinhou o procurador da República.