Assinala-se o Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença que constitui uma das principais causas de mortalidade, morbilidade e perda de anos de vida saudáveis. Cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem, anualmente, um primeiro evento vascular cerebral, sendo que cerca de um terço dos doentes se tornam dependentes de terceiros para as atividades da vida diária.
Comemorado a 31 de março, este dia foi instituído no ano de 2003, com o objetivo de sensibilizar a população em geral para a realidade da doença em Portugal e sublinhar a importância que deve ser atribuída à resposta do Serviço Nacional de Saúde em contexto de prevenção, deteção e correção.
O acidente vascular cerebral é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro. Para prevenir a doença, devem ser adotados hábitos de vida saudáveis, evitar-se o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas.
O desvio ou paralisação da face, a falta de força em membros superiores ou a dificuldade na fala são os principais sinais de alarme e que exigem a chamada imediata de assistência médica, isto porque as primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro da vítima, e que garantem a eficácia dos principais tratamentos.
A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC) disponibiliza uma consulta de Neuropsicologia Clínica, na qual se procura compreender as dificuldades cognitivas, emocionais, ou associadas a várias condições clínicas. O AVC é uma das doenças que é abrangida por esta especialidade e portanto, segundo Pedro Batista, psicólogo responsável por esta consulta “uma avaliação neuropsicológica tem um papel essencial na clarificação diagnóstica, de modo a caraterizar as funções cognitivas e comportamentais do doente”.
Desta forma, o especialista acrescenta: “a identificação dos recursos neuro-cognitivos constitui o ponto de partida para a implementação de estratégias de reabilitação personalizadas, que poderão otimizar o funcionamento quotidiano e prolongar a independência e autonomia de pessoas que tenham passado por algum episódio de AVC, de Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE), entre outros”.
O tratamento dos sintomas psiquiátricos decorrentes desta doença passa pela combinação de estratégias farmacológicas e Psico-terapêuticas. Com o tratamento adequado, a pessoa pode recuperar dos sintomas neuro-psiquiátricos e aumentar o grau de independência nas atividades de vida diária, contribuindo assim para a melhoria do prognóstico global.
De acordo com padrões de referência, a UPPC tem por missão contribuir para o bem-estar da população através da oferta de cuidados de saúde, de atividades de formação e de investigação, na área da Psiquiatria e saúde mental.
A propósito deste tema, a Revista PORT.COM publicou um artigo de opinião do cardiologista Lino Santos, intitulado “O papel da Cardiologia de Intervenção na prevenção do AVC”.
































