Evento teve a duração de dois dias e contou com as atuações de Mariza, Mickael Carreira, Herman José, Padre Borga, Joana Amendoeira e Tony Carreira.
Fátima viveu, esta quinta-feira e sexta-feira, dois dias especiais. O heliporto dos bombeiros voluntários recebeu a primeira edição do Festival da Saudade, organizado pelo CM e pela CMTV e pela produtora Música no Coração, com o Media Partner Revista Comunidades, que teve como objetivo promover a riqueza da música portuguesa, desde o fado à música popular, refletindo alguma da identidade musical do País.
O evento proporcionou, sobretudo, um ambiente de reencontro, com muitas famílias de emigrantes que vieram a Portugal no mês de agosto. Esta sexta-feira, último dia do festival, o recinto recebeu milhares de pessoas que fizeram a festa ao som do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Fátima, Quim dos Apitos, Padre Borga, a fadista Joana Amendoeira e, para abrilhantar a noite, Tony Carreira.
““É um prazer estar aqui em Fátima, com todos vocês”, começou por destacar a fadista Joana Amendoeira, que subiu ao palco antes do “cabeça de cartaz” que tantos esperavam: Tony Carreira.
Entre os festivaleiros que marcaram presença no heliporto dos Bombeiros Voluntários de Fátima encontraram-se muitos emigrantes.

Lucinda Ferreira, 72 anos, está há 52 anos no Canadá e fez questão de marcar presença, com uma amiga, nos dois dias do festival.
“É uma honra e um privilégio, porque eu gosto muito de Portugal, tenho cá as minhas raízes, tenho um orgulho imenso de ser portuguesa”, afirmou. No entanto sublinhou que se sentia “triste, porque imaginava que viessem muito mais pessoas, na medida em que Fátima é um centro de turismo e andam por aí tantas pessoas que me senti desapontada, porque a todos os festivais que vou o recinto está cheio e este também devia estar”.

Romilda Costa, famosa terapeuta natural, veio da Madeira e também disse estar muita agradada com o festival.
“Estou a aguardar pela atuação do António que, além de ser meu amigo, também é meu paciente” frisou.

Por sua vez, Paulo e os irmãos, oriundos de Paços de Ferreira, mas emigrados em Paris, estão de férias em Portugal e foram a Fátima com a mãe que, depois de saber que ia decorrer o Festival da Saudade naquela cidade, não descansou enquanto não levou os três filhos para verem o concerto do Tony Carreira.
“Por enquanto está bem, vai ser melhor depois com o Tony Carreira”, frisou Paulo minutos antes do início do concerto.
Jorge Lopes e Lucília Lopes, emigrados há 34 anos no Luxemburgo, foram de propósito a Fátima para o Festival da Saudade e marcaram presença nos dois dias.
“Estou a gostar muito, é uma iniciativa muito boa e espero que continue. O cartaz tem artistas muito bons e nós, emigrantes, sentimos que somos uma comunidade acolhida e acarinhada”, afirmaram.
O mesmo pensa Laurinda Ferreira, que está emigrada na Alemanha há 47 anos: “São eventos como estes que fazem falta, eventos que nos façam sentir acarinhados no nosso País”.
Primeira edição com balanço positivo
“Para primeiro ano foi fantástico, sobretudo pela adesão das pessoas que vieram cá. Os feedbacks que recebemos foram emocionantes, no sentido do agradecimento e a nossa intenção é continuar”, afirmou Isabel Rodrigues, administradora da Medialivre, realçando que “é para repetir para o ano e, depois de ouvirmos as diversas opiniões das várias pessoas, para o ano teremos uma experiência ainda melhor para oferecer”.
Por parte da produtora Música no Coração, Luís Montez destacou que foi um “festival bonito, as pessoas que vieram ficaram satisfeitas, o espaço estava bem organizado com uma boa oferta de comidas e bebidas e ainda tivemos a sorte de ter duas noites de verão maravilhosas, com calor”.