A visita de editores estrangeiros a Portugal, em junho de 2016, permitiu-lhes conhecer a literatura e o mercado editorial português, iniciativa continuada pela Embaixada de Portugal em Londres, que apoiou o lançamento de livros e encontros com escritores.
De acordo com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a propósito da visita ontem de editores estrangeiros à Feira do Livro de Lisboa, no ano passado “o ‘feedback’ dos editores britânicos foi muito positivo”.
“Para muitos, este foi o primeiro contacto com literatura portuguesa e a visita ajudou-os a compreender melhor o mercado editorial português. Os pontos altos identificados foram as reuniões, a visita à Feira do livro e à Ler Devagar e o encontro com escritores portugueses”, revelou fonte da AICEP.
Este trabalho de divulgação do mercado editorial português “é algo que tem de ser continuado para [que se possa] colher frutos num futuro próximo”, referiu explicando que essa é a razão por que este ano “volta a trazer a Portugal editores estrangeiros, desta vez de França, Espanha e Itália”.
Este ano, a visita é feita pelos representantes das seguintes editoras: Editora Regional de Extremadura e Editora PRE-Textos (Espanha); Actes Sud, Editions Gallimard e Flammarion (França); Edizioni dell’Urogallo (Itália).
A AICEP destaca ainda a continuidade dada pela Embaixada de Portugal em Londres à primeira edição destes encontros, tendo apoiado o lançamento de livros e facilitado encontros informais com escritores portugueses.
“Foi inclusivamente organizado, na Residência da Embaixada, um ‘Salão Literário Português’ endereçado a editores, agentes literários, tradutores e ‘scouts’ literários, estes últimos profissionais que procuram novos talentos para as editoras, recomendando a sua tradução ou publicação”, acrescenta.
Para este ano, a aposta da embaixada é na ilustração e literatura infantil portuguesa, estando prevista uma ação em setembro que reúne ilustradores e editoras britânicas da especialidade.
A AICEP destaca ainda a importância de “dar continuidade a estas iniciativas, mantendo uma estratégia coordenada com o Instituto Camões, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que, em conjunto com editoras e agentes portugueses, dê visibilidade aos novos nomes da literatura nacional, potencie traduções com qualidade, garanta a participação em certames como a Feira do Livro de Londres e que, em última análise, facilite o acesso a outros mercados internacionais”.
Bruno Pacheco, secretário-geral da APEL, salienta, por sua vez que “a Feira do Livro de Lisboa começa a ser reconhecida internacionalmente como das mais interessantes feiras para o público ao ar livre e um modelo a seguir”.
“Este é um evento que impressiona outras feiras do género a nível internacional, não apenas pelo seu modelo, mas essencialmente pelo número de participantes, pavilhões e visitantes”, diz o responsável.
































