A poucos dias das legislativas, com escrutínio marcado para este domingo (30 de janeiro), autoridades juntam esforços para que a pandemia não diminua a afluência às urnas.
Na capital portuguesa, funcionários da Câmara Municipal estão a fazer a recolha dos boletins de voto de eleitores positivos à Covid-19.
Os boletins de voto são entregues para serem preenchidos e devolvidos. Há dois anos, nas últimas eleições antes da pandemia, apenas 48,6% dos eleitores recenseados foram votar.
Com esta iniciativa, Portugal pretende contrariar esta tendência e, para além da campanha porta a porta, haverá um horário específico para que os eleitores em isolamento profilático (por se encontrarem positivos à Covid-19) possam ir votar presencialmente, antes do fecho das urnas.
Votos em isolamento. Mais de 13 mil pessoas pediram recolha à porta
No total, foram 13.118 eleitores, entre idosos em lares e pessoas em confinamento obrigatório por estarem infetadas com o SARS-CoV-2, que puderam votar sem sair à rua, entre esta terça e quarta-feira.
Segundo os dados finais da administração eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, inscreveram-se 397 cidadãos na modalidade de voto antecipado em confinamento, e 12.721 cidadãos internados em estruturas residenciais para idosos.
A recolha de votos porta a porta esteve disponível para quem prefere continuar isolado, mesmo com a exceção em vigor para ir às urnas no domingo.