Entre lágrimas e amores, os dez românticos hectares de Coimbra, sob tutela da Fundação Inês de Castro, reabrem-se com visita guiada aos amantes dos jardin,s com um “banho de bosque” para reduzir stresses.
Os jardins da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, reabriram para que os visitantes possam ter “momentos de fruição e paz”, após o Inverno e o período de confinamento, anuncia a Fundação Inês de Castro.
“As cores, os cheiros e a beleza da natureza viva que aqui se encontram unem-se à história de mais de sete séculos da Quinta das Lágrimas para proporcionar momentos de fruição e paz, depois do último, longo e pesado período de confinamento e do inverno que está prestes a terminar”, refere-se em comunicado.
De acordo com a nota, as portas estão abertas a partir desta terça-feira e o espaço pode ser visitado pelo público em geral das 10h às 19h.
No dia 20 de março, às 10h, haverá uma visita guiada pela arquiteta Cristina Castel-Branco aos jardins e à Mata Velha, “restaurada em 2020 para experimentar o “Shinrin”yoku” (banho de bosque) conhecido por reduzir o stress e a ansiedade.
Os bilhetes para visitar o jardim custam 2,50 euros (bilhete simples), um euro (bilhete especial para menores de 15 e maiores de 65 anos) e cinco euros (bilhete de família, para dois adultos e duas crianças). As visitas guiadas podem ser feitas mediante marcação prévia e têm reserva obrigatória.
Os jardins da Quinta das Lágrimas existem desde o século XIV, “altura em que a rainha Santa Isabel mandou construir, na Quinta das Lágrimas, um canal para levar a água de duas nascentes para o Convento de Santa Clara”.
O sítio ficou conhecido como Fonte dos Amores, também por ser ali “que ficou gravada para sempre a história da paixão de Dom Pedro, neto da Rainha Santa, por Dona Inês de Castro”.
A outra fonte da quinta foi batizada de Fonte das Lágrimas, “por ser mencionada por Luís de Camões como tendo nascido das lágrimas que as jovens de Coimbra (“as ninfas do Mondego”) choraram pela morte de Inês”, lê-se.
A Fundação Inês de Castro refere, ainda, que os jardins foram sendo modificados ao longo dos séculos e a sua atual configuração remonta ao século XIX, “quando foi construído um jardim romântico, com lagos serpenteantes e árvores exóticas e raras”.
“Muitas árvores para completar coleções foram plantadas nos anos 60 do século passado. A partir da primeira década do nosso século, a arquiteta paisagista Cristina Castel-Branco restaurou e recuperou ao longo dos anos os jardins, entretanto na posse da Fundação Inês de Castro, projeto que incluiu a construção do anfiteatro Colina de Camões, que nos últimos 12 anos tem sido o palco principal dos espetáculos inesquecíveis do Festival das Artes”, acrescenta.