O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, revelou que o Gabinete de Emergência Consular (GEC) recebeu 11.000 solicitações de portugueses no estrangeiro em situação de emergência durante o ano de 2017.
Na audição da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro indicou que foram canalizadas para aquele gabinete 7.000 chamadas telefónicas e que foram respondidas 4.000 mensagens de portugueses no estrangeiro em situação de emergência, em que é necessário a «salvaguarda de vidas humanas que estão em perigo por diversas razões à escala global».
O membro do Governo referiu também que os serviços consulares corresponderam «a cerca de 100 circunstâncias de emergência», relacionadas com «atentados terroristas e acidentes rodoviários e ferroviários».
José Luís Carneiro recordou que novos mecanismos de proteção de cidadãos portugueses foram repensados a partir de 2017, depois da necessária evacuação de 70 cidadãos portugueses radicados nas Caraíbas, afetados pelo furação Irma.
Ainda com referência a 2017, o governante – acompanhado pelo diretor-geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, Júlio Carranca Vilela, e pelo coordenador científico do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires – aludiu também ao aumento das deslocações dos serviços consulares.
Com as permanências sociais, experiência desenvolvida a partir de 2012, os serviços consulares realizaram «mais de 600 mil quilómetros de deslocações aos pontos mais recônditos» com comunidades portuguesas.
«Demonstra bem o esforço que foi desenvolvido para ir às comunidades portuguesas mais recônditas. Por exemplo, quem está em Sydney, tem de se deslocar a Perth, tem de fazer cinco mil quilómetros para fazer garantir os serviços consulares», assinalou.
Há dois anos, os atos consulares ultrapassam os 2.100 milhões.