Durante décadas, os lusodescendentes aperfeiçoaram-se no estrangeiro, progrediram, muitos estão a liderar equipas técnicas. Eles, ao visitar familiares cá, dão sugestões para que estes também progridam.
Temos milhares de jovens desempregados, alguns com alguma experiência de trabalho, a maioria com muita teoria escolar. Falta-lhes em geral justamente estes truques que os emigrantes sabem, como produzir algo para nichos de mercado nos seus países ou por cá.
Alguns desses adultos da diáspora sentiriam-se felizes em partilhar a sua experiência com jovens cá. Para muitas start-ups o importante é o empenho, a resiliência e alguém a orientar no início o como vencer. Em geral o capital necessário é limitado, por exemplo, uma carrinha seminova para uma guia turística, torno, fresa e lixadeira para um carpinteiro, autoclave para a doceira. Uns €5 mil e o aval de um adulto.
O IEFP, instituições ligadas às Câmaras e Universidades muito ganhariam em oferecer espaço e convidar os experientes patrícios a partilhar, consoante a disponibilidade deles, os seus truques e até abrir portas lá para os melhores alunos. Pois a maioria deles lá tem amigos que conhecem alguém que facilitará enviar turistas ou encomendar produtos fora-da-caixa.
Outro bom exemplo que usei em Cabo Verde, é organizar uma mini- equipa que, sob orientação de um experimentado emigrante, no fim do Inverno, início da Primavera, corre marinas pelo Norte da Europa a fazer a manutenção anual exigida a iates/barcos. Ganha-se bem e uma experiência e referência que vale muito.

































