Este ano, entre 01 de janeiro e 30 de agosto, a fortaleza de Valença foi visitada por 1,4 milhões de pessoas tornando-se, segundo a autarquia, “no monumento mais visitado da região Norte”.
Uma delegação de especialistas franceses defendeu a classificação da fortaleza de Valença a património mundial da Unesco por considerar aquele monumento “um dos expoentes mundiais de fortificações abaluartadas”, revelou hoje a Câmara local.
Em comunicado, aquela autarquia do distrito de Viana do Castelo revelou que a delegação da Association Vauban, presidida por Alain Monferrand, e que “reúne alguns dos melhores especialistas mundiais em fortificações abaluartadas” esteve, nos últimos dias, a estudar a fortaleza de Valença que integra a candidatura das Fortalezas Abaluartadas, juntamente com os municípios de Almeida, Elvas e Marvão a património mundial da Unesco.
“A visita de estudo dos investigadores franceses a prendeu-se com as características singulares do conjunto fortificado da Fortaleza que é considerado um exemplo mundial da arquitetura militar abaluartada”, especificou a Câmara da segunda cidade do Alto Minho.
“Com esta deslocação estreitam-se os laços e esboçam-se parcerias entre a Câmara Municipal de Valença e a Association Vauban que vão trazer novos conhecimentos sobre a fortificação valenciana e contribuir para projetar, este legado histórico, à escala mundial. Em perspetiva está a integração da Fortaleza de Valença numa rede mundial de fortificações abaluartadas”, adiantou o município.
A fortaleza assume particular importância pela dimensão, com uma extensão de muralha de 5,5 quilómetros, e pela história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.
Em maio passado, a candidatura das Fortalezas Abaluartadas dos municípios de Valença, Almeida, Elvas e Marvão a património mundial da Unesco foi inscrita na lista nacional de propostas a submeter pelo Governo português àquele organismo.
A inclusão naquela lista é um passo obrigatório para a obtenção da classificação, sendo que os municípios proponentes estão a desenvolver um dossiê conjunto de candidatura, tendo por base os trabalhos já realizados pelos municípios e com o suporte científico de várias entidades.
































