Quando, há uma semana, no dia 16, Orlando Dias se preparava para jantar em casa, sofreu um ataque cardíaco seguido de acidente vascular cerebral.
O incidente médico levou a que fosse internado de emergência no Advent Health de Palm Coast e, de seguida, transportado de helicóptero para unidade semelhante em Orlando, na Flórida, dada a gravidade da sua situação.
Em declarações prestadas ao jornal LusoAmericano, a sua mulher, Clarice Dias, pôde confirmar que Orlando Dias continua em coma, “mas em situação estável. Os médicos dizem-nos que terá de ser um dia de cada vez.”
Figura conhecida não apenas em Connecticut, onde nasceu, e na Flórida, onde vive, mas um pouco por toda a costa leste dos Estados Unidos, pelo seu envolvimento associativo e comunitário e pela vertente artística, a situação médica de Orlando Dias, que completou 51 anos no passado dia 8 deste mês de setembro, deixou chocada a comunidade lusa, que depressa se prontificou a ajudar.
Para cobertura de gastos médicos e outros, foi criada uma campanha no portal GoFundMe, tendo como meta 10 mil dólares; até agora, foram já angariados mais de 7 mil.
Por outro lado, um grupo de amigos em Palm Coat pôs também em andamento uma iniciativa de angariação de fundos a decorrer este sábado – dia 25 de setembro, durante o bufê a realizar-se a partir do meio-dia no Portuguese-American Cultural Center.
Orlando Dias é natural de Bridgeport, CT, filho de emigrantes de Boticas (o pai) e Montalegre (a mãe). Casado e pai de duas filhas de 24 e 18 anos, a família mudou-se em 2009 para Palm Coast, onde depressa e como fizera anteriormente em Connecticut, se juntou à vida lusa, tanto no rancho folclórico ‘Corações de Portugal’, como no PACC, do qual foi presidente da direção.
Em Connecticut, onde vivia em Beacon Falls, fez parte do rancho folclórico ‘Cultura de Portugal’ e pertenceu como associado ao Clube Português de Waterbury e ao Clube ‘União Portuguesa’, em Naugatuck.
“Desde os 6, 7 anos que toca concertina e também com essa idade começou a envolver-me no movimento folclórico”, acrescenta Clarice Dias. “Daí conhecer tanta gente aqui nos EUA e no Canadá. Através da música, chegou a pessoas de todas as idades.”
Henrique Mano / Lusoamericano