O triste fado português tocou mais alto em solo esloveno e ainda não foi desta que a seleção nacional se sagrou campeã da Europa de sub-21. Pela terceira vez o triunfo fugiu às cores lusas no jogo decisivo.
Depois de 1994 e 2015, também 2021 não foi o ano da coroação. Uma ‘coroa’ que baila até à Alemanha, que derrubou Portugal com um golo solitário de Nmecha, apontado no início da etapa complementar.
Numa primeira parte, que terminou sem golos, a Alemanha venceu-nos durante largos instantes, na linha intermédia, em que Vitinha e Daniel Bragança sentiram tremendas dificuldades em triunfar nos duelos físicos.
Maior corpulência da Mannschaft que, nos primeiros 45 minutos, recolheu as melhores ocasiões. À margem da bola que foi à barra da baliza de Diogo Costa, logo aos 15’, por intermédio de Florian Witz, também aos 20’ os pupilos de Stefan Kuntz estiveram perto de aniquilar o nulo, mas o guardião luso, com uma palmada, a negar a felicidade a Nmecha. Aos 29’, nova palmada, e nova defesa estrondosa de Diogo Costa, desta feita a remate picado de Maier.
Portugal até começou melhor a etapa inicial, com avisos perigosos de Dalot e Tiago Tomás, mas rapidamente a Alemanha tomou as rédeas de um encontro cada vez mais ‘musculado’ e, concomitantemente, de maior dificuldade para as cores nacionais.
Porém, a bonança até nos podia ter batido à porta, se o remate de Fábio Vieira, aos 39’, tivesse tido um pouco mais de calibre, para nos descontos Vitinha deixar um país à beira de um ataque de nervos. O médio vestiu o fato de cerimónia e desperdiçou, de forma escandalosa, na cara de Dahmen.
Na etapa complementar, o balde de água fria cairia mesmo no ‘retângulo’ nacional, após um passe de rutura de Baku e Nmecha, a contornar Diogo Costa, e a atirar para o primeiro da Mannschaft. Portugal reagiu ao golo, porém, com o passar do tempo, o jogo ficou cada vez mais partido e teve de ser, uma vez mais, Diogo Costa a exibir-se a grande nível: primeiro a negar o golo a Adeyemi, aos 73’, para dois minutos volvidos fechar o ‘cofre’ a Nmecha. E, aos 81’, foi mais uma vez o Diogo dos ‘milagres’ a conter os foguetes da Alemanha e, novamente, a remate de Adeyemi.