Os venezuelanos e lusodescendentes interessados em certificar os seus conhecimentos do português como língua estrangeira, vão ser dispensados do pagamento das propinas.
Os venezuelanos e lusodescendentes interessados em certificar os seus conhecimentos do português como língua estrangeira, vão ser dispensados do pagamento das propinas, anunciou a Universidade Central da Venezuela (UCV).
A isenção temporária do pagamento, faz parte de um acordo entre a UCV e o Centro de Avaliação e Certificação de Português Língua Estrangeira (CAPLE), de Lisboa, explicou a diretora do Departamento de Português daquela Universidade.
«O CAPLE compreendeu que um venezuelano para apresentar um exame era um balúrdio, que um venezuelano precisa de juntar pelo menos, entre seis a sete ordenados mínimo, para apresentar o Certificado Inicial de Português Língua Estrangeira (Ciple), que é o exame mais barato», disse à agência Lusa Digna Tovar.
A decisão beneficia estudantes, mas também pessoas da comunidade portuguesa, que querem e precisam de apresentar exames para poderem trabalhar em Portugal e para obter a nacionalidade.
Digna Tovar explicou ainda que “os exames são para certificar a proficiência das pessoas que têm conhecimento em língua portuguesa, não precisam ser estudantes de português”, apenas ter mais de 15 anos de idade.
«Quem tiver conhecimento do idioma, a nível oral e escrito, pode apresentar os exames», frisou, precisando que o mais alto é o C2 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas e que consiste em «uma competência comunicativa ao nível do nativo».
Segundo Digna Tovar, para trabalhar em Portugal e na Europa idealmente as pessoas deviam apresentar pelo menos o DIPLE, um nível já de falante autónomo, independente que é capaz de comunicar-se eficazmente na Língua Portuguesa.
«Gostava de convidar as pessoas, os filhos de portugueses, e os estudantes, a apresentar os exames com consciência, não é só apresentar o exame por apresentar, porque exigem uma competência. Que entrem na página do CAPLE (http://caple.letras.ulisboa.pt) e verifiquem se têm as competências. É necessário promover a apresentação e aplicação dos exames, mas com consciência», concluiu.