A Expo 2020 arranca hoje, dia 1 de outubro, na capital mundial dos superlativos. No Dubai é tudo grande e em grande – e este espírito também está patente no gigantesco recinto da exposição, que tem duas vezes a área do Mónaco. Portugal não faltou à chamada e também está presente.
Há dois anos, em outubro de 2019, circulava-se pelas ruas do Dubai e sentia-se nelas uma convicção forte, repetida vezes sem conta. Uma convicção dita muitas vezes, em voz alta, a uma só voz emirati, era bem capaz de se tornar uma verdade. Naquela altura, ninguém sonhava com uma pandemia e acreditava-se que um ano depois, a partir de 20 de outubro de 2020, não haveria nenhum outro sítio no mundo onde se estivesse melhor do que no Dubai.
Aquela convicção feita verdade estava em todo o lado: nos jornais, na Internet, na boca do povo, “vai ser uma coisa incrível, muito boa para nós, estamos ansiosos que comece”, dizia-nos o motorista que nos transportou para o aeroporto. Nos outdoors gigantescos que ladeiam a autoestrada onde se passeiam os carros mais inenarráveis de sempre, nos discursos oficiais. A ministra da Cooperação Internacional e diretora-geral da Expo 2020, Reem Al Hashimy, por diversas vezes usa o slogan oficial (The World’s Greatest Show) nas suas comunicações públicas. Senhoras e senhores, um ano depois do previsto, está prestes a começar “o maior espetáculo do mundo” que ninguém quer perder.
No Dubai, a capital mundial do superlativo, é tudo grande e em grande. É lá que está situado o mais alto edifício do mundo – Burj Khalifa, 828 metros a rasgar um céu hiperpovoado de outras torres, de luzes, de gruas que hão-de construir novas torres que se encherão de mais luzes; a maior moldura do mundo – Dubai Frame, 150 metros de altura e 93 de comprimento que enquadram a cidade e a dividem em duas partes, passado e futuro; o que se intitula como o hotel mais luxuoso do mundo – Burj Al Arab, uma espécie de cartão-de-visita da cidade e do emirado, que se autoatribuiu sete estrelas; o que é muitas vezes apontado como o maior centro comercial do mundo, o Dubai Mali, com 1200 lojas, 14.000 lugares de estacionamento, um aquário com três pisos, uma pista de gelo e a piscina mais profunda do mundo para mergulho, onde se pode descer até aos 60 metros.
Pense numa coisa, qualquer coisa, e interrogue-se sobre onde estará a maior que existe no planeta. Se não está no Dubai, de certeza que já está nos planos do Dubai. A maior roda gigante do mundo, por exemplo, está prestes a estrear-se na ilha artificial Bluewaters: tem data de abertura agendada para 21 de outubro. A 250 metros de altura, promete vistas 360° sobre a cidade e as suas cabines envidraçadas terão capacidade para 1900 pessoas em simultâneo.
É por estas e por outras que ninguém no emirado duvida que a exposição mundial será “o maior espetáculo do mundo” e que nenhum emirati quer perdê-lo.
A cerimónia de inauguração foi marcada para 30 de setembro, com a Expo 2020 a abrir oficialmente no dia seguinte, prolongando-se até 31 de Março de 2022. E a festa de abertura, claro, será em grande.
A organização promete um espetáculo de 90 minutos “magistral”, entre “efeitos visuais, músicas e performances impressionantes”. Confirmadas estão as presenças do tenor Andrea Bocelli; da atriz, cantora e compositora Andra Day; da cantora britânica Ellie Goul- ding; do pianista chinês Lang Lang; e de Angélique Kidjo, artista do Benim quatro vezes vencedora de um Grammy. Destaque ainda para a acuação de Mohamed Abdo, conhecido como o “artista dos árabes”; a sensação do canto dos emirados Ahlam Alshamsi; e Hussain Al Jassmi, um “criador de tendências” na cena musical do Médio Oriente. Um dos pontos altos da programação cultural da Expo será a estreia da ópera Al Wasl, a primeira ópera emirati, escrita por um emirati e executada por um elenco de várias nacionalidades em árabe e em inglês.
Para usar de novo as palavras da ministra Reem Al Hashimy, a Expo será o “be there moment ofour time” qualquer coisa como um acontecimento impagável, inesquecível, numa tradução livre.
Celebrar “o brilhantismo e as conquistas humanas”
De 1 de outubro deste ano a 31 de março do próximo, o Dubai será, então, o centro do mundo. Ninguém ou quase ninguém quis ficar de fora daquela que será a primeira exposição mundial a decorrer no Médio Oriente, África e Sul da Ásia: 191 países, incluindo Portugal, confirmaram a sua presença e as obras no Dubai South District começaram em março de 2016.
Agora ultimam-se os preparativos e já se puxa o lustro a tudo o que é pavilhão ou praça daquele complexo gigantesco. O coração da exposição, a Praça Al Wasl, que foi oficialmente inaugurado pelas autoridades do país, os Emirados Árabes Unidos (EAU), e do Dubai já no final de janeiro de 2020, quando ainda se pensava que ela aconteceria na data prevista.
Uma linha de história ajuda a fazer o enquadramento por ser um ponto de ligação de povos de toda a região, o Dubai foi no passado referenciado como Al Wasl, que pode traduzir-se como conexão. A escolha deste nome para o eixo vital da Expo 2020 não foi, obviamente, inocente. Para esta praça, que acolherá as principais cerimónias e celebrações durante a exposição mundial, convergem as três áreas temáticas nas quais se divide a Expo 2020: Oportunidade, Mobilidade e Sustentabilidade. E todos os espaços desta grande exposição, que ocupa uma área de 4,38 quilómetros quadrados, duas vezes o tamanho do Mónaco, se unem para dar resposta ao tema geral: ConnectingMinds, Creatingthe Future (Conectando Mentes, Criando o Futuro, numa tradução livre).
Futuro é mesmo uma das palavras-chave. Durante a inauguração da Praça Al Wasl, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, o sheik do Dubai e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, sublinhou que a Expo, que coincide com o 50º aniversário da fundação do país (2 de Dezembro de 1971), servirá para a celebração “das realizações dos últimos 50 anos”.
“Graças aos esforços dos cidadãos e dos residentes, e também de todos aqueles que contribuíram para o seu sucesso e prosperidade, a Expo 2020 vai marcar o início dos próximos 50 anos de liderança e conquistas”, afirmou o sheik, figura omnipresente, em fotografias cuidadosamente emolduradas, nas paredes do Dubai.
Mohamed bin Zayed Al Nahyan, o herdeiro do emirado de Abu Dhabi, completou: “Durante a Expo 2020, vamos mostrar ao mundo como a união foi o ponto de partida para o nosso desenvolvimento. Teremos também a oportunidade de demonstrar como o espírito de colaboração está profundamente incorporado no nosso ethos nacional e serve como um meio de progresso e desenvolvimento.”
Feito o enquadramento, apertemos o zoom à Praça Al Wasl, onde, de novo, será tudo em grande – estamos no Dubai, poderia ser de outra maneira? A sua cúpula em treliça de aço ocupa uma área equivalente a 16 campos de ténis e pesa mais de 2500 toneladas, informa o extenso dossier de imprensa que foi distribuído por Olga Bezpyatkina.
Mais números de encher o olho: esta mesma cúpula tem 67,5 metros de altura, mais dez que a italiana Torre de Pisa, 130 metros de diâmetro, espaço quase suficiente para estacionar dois aviões Airbus A380, e funcionará como superfície de uma projeção imersiva de 360° que pode ser vista de dentro e de fora.
O Pavilhão dos EAU, que tem a forma de um falcão, a ave nacional do Dubai, será outra das principais atrações da Expo. Desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, contará a história da nação como um hub global “e a visão dos seus líderes para criar uma sociedade pacífica e progressiva com ambiciosos planos para o futuro”.
Independentemente do orgulho nacional de estar a ser preparado “o maior espetáculo do mundo”, de os EAU terem um pavilhão com quatro andares e 15 mil metros quadrados e de a cúpula da Praça Al Wasl ser apresentada como uma maravilha arquitetónica, é à volta das três áreas temáticas nas quais se divide que a Expo 2020 joga os seus principais trunfos. Nenhum lugar na Terra, garante a organização, “celebrará o brilhantismo e as conquistas humanas” como esta exposição mundial.
O pavilhão da Oportunidade, construído com materiais reciclados, quer desencadear nos visitantes o desejo de contribuírem para criar um mundo melhor. A experiência será baseada numa série de momentos que desafiam o pensamento em questões relacionadas com as necessidades básicas de água, comida e energia, simulando ambientes de pessoas reais que são agentes de mudança nas suas próprias comunidades. É debaixo do chapéu Oportunidade que se enquadra o Expo Live, um programa que financia soluções inovadoras e criativas para desafios prementes em todo o mundo, ajudando a melhorar a vida das pessoas e a preservar o planeta.
Este programa, dotado de 100 milhões de dólares, distribuiu orçamento a 120 organizações ou empresas de todo o mundo – uma delas portuguesa, a RVE Solutions, que recebeu financiamento para levar energia elétrica a algumas famílias da comunidade de Busia, no Quénia, perto da fronteira com o Uganda.
O pavilhão da Mobilidade tem como objetivo explorar “o movimento de pessoas, bens, ideias e dados” e proporcionará uma rápida, muito rápida, viagem no tempo, entre passado e futuro, à boleia daquele que será, claro, o maior elevador do mundo, com capacidade para transportar 160 pessoas em simultâneo.
Por fim, o pavilhão da Sustentabilidade, que se chama Terra, vai contar a história, pouco pacífica e muito atribulada, da relação do homem com a natureza. A jornada, que propõe um passeio pelas raízes da floresta, um mergulho nas profundezas do oceano e, qual murro no estômago, uma incursão às maravilhas da Terra corrompidas pela ação humana, foi projetada para “permitir que os visitantes entendam o seu impacto no meio ambiente e se tornem agentes de mudança”.
Saúde e segurança serão a prioridade
Ao longo de 182 dias, a Expo 2020 espera receber 25 milhões de visitas, quando ainda estava prevista para decorrer no ano passado. Os organizadores previam que 70% dos visitantes chegariam de fora dos Emirados Árabes Unidos. “Esperamos receber milhões de pessoas de todo o mundo para visitar a Expo 2020 Dubai e não alterámos a nossa meta de 25 milhões de visitas. Esta meta foi baseada num extenso trabalho que incorporou contribuições de exposições anteriores, entidades de turismo dos Emirados Árabes Unidos e autoridades aeroportuárias, terminais de cruzeiros e companhias aéreas, entre outros. Continuamos otimistas quanto ao impacto do crescente número de vacinas produzidas e distribuídas em todo o mundo. A Expo 2020 Dubai está pronta para oferecer uma exposição mundial excecional e estamos ansiosos por receber »
A Emirates tem um voo diário entre o aeroporto de Lisboa e o Aeroporto Internacional do Dubai. Os aviões partem de Lisboa às 14M5, chegando ao Dubai às 00h50 do dia seguinte. O voo de regresso sai às 7h25, aterrando em Lisboa às 12h35. As tarifas são muito variáveis, naturalmente: uma pesquisa para uma viagem a decorrer entre 1 e 8 de outubro devolveu resultados a rondar os 485 euros em classe económica. Em classe executiva, que é toda uma experiência, haja poder de compra, as passagens custam 2684 euros para as mesmas datas. Para além do espaço e conforto a bordo, conte-se ainda com uma gastronomia e uma seleção de vinhos de topo. A Emirates tem a decorrer uma campanha que oferece um bilhete diário para a Expo 2020 a todos os passageiros que “visitem o Dubai ou estejam de passagem pela cidade em qualquer um dos dias em que o evento esteja a decorrer”.
Os Emirados Árabes Unidos anunciaram no final de agosto que passariam a emitir vistos de entrada para todos os turistas com vacinação completa (Pfizer/ BionTech, AstraZeneca, Johnson, Moderna, Sinopharm e Sinovac).
Ainda assim, quem chegar ao aeroporto do Dubai terá obrigatoriamente que fazer um teste PCR. “A decisão aplica-se aos cidadãos de todos os países, incluindo os que provêm de países anteriormente interditados”, escreveu a agência oficial WAM. Em todos os emirados, onde nas últimas semanas tem havido menos de 1000 casos diários de covid-19, a vida já quase regressou ao normal, mantendo-se, contudo, a obrigação de cumprir regras estritas de distanciamento social e uso de máscara no exterior e em lugares públicos na capital, Abu Dhabi, e no Dubai.
AExpo2020 em números
182 dias
Mais de 200 entidades participantes, 191 dos quais são países
Mais de 60 eventos por dia
200 pontos de venda de comida
30 mil voluntários envolvidos no projeto
8000 pontos de acesso à Internet
22 euros é o custo do bilhete diário
Claro que o adiamento por um ano devido à pandemia de covid-19 obrigou a alguns ajustes. Por exemplo, quando ainda era para decorrer em 2020, a exposição mundial estava prevista para 173 dias e este ano ganhou mais nove. Para além disso, informa a organização, e porque “a saúde e a segurança de visitantes e trabalhadores” é a sua principal preocupação, foram decididas várias medidas de prevenção: o uso de máscara será obrigatório, bem como a higienização das mãos, e foram definidas restrições de lotação no recinto, para que possa ser cumprido o distanciamento social. A pré-reserva de bilhetes é fortemente encorajada e os visitantes incentivados a usar o sistema Smart Queue para marcar a sua experiência nos pavilhões que planeiem frequentar. Todos os funcionários da Expo 2020, participantes internacionais, voluntários, contratados e prestadores de serviços deverão estar vacinados. Os visitantes maiores de 18 anos deverão fazer-se acompanhar de um comprovativo de vacinação ou, em alternativa, de um teste PCR com resultado negativo feito nas 72 horas anteriores. No caso de não o terem feito, poderão submeter-se ao teste no edifício adjacente ao local da Expo. Estando na posse de um bilhete para a exposição, os visitantes terão direito ao teste gratuitamente.
A organização da Expo 2020 garante que a evolução da pandemia será constantemente monitorizada e que poderão ser tomadas novas medidas, caso se justifiquem. Porque tudo nesta exposição mundial foi pensado ao pormenor: no passado foram traçadas metas que apontavam para a chegada de 150 mil visitantes por dia ao recinto, embora nele caibam mais de 300 mil. Um ano e uma pandemia depois, a Expo 2020 não especifica quantas pessoas serão admitidas diariamente, apenas sublinha que está focada em “garantir que todos os visitantes possam experimentar com segurança o que a exposição tem para oferecer”.
“Seguiremos sempre os mais recentes padrões de segurança e orientações em termos de capacidade e fluxo de visitantes”, reforça Olga Bezpyatkina. Quem quiser ver o essencial da exposição, que beneficia de uma linha de metro dedicada, deve reservar pelo menos três dias para o fazer, aconselha Olga. Os bilhetes custarão 95 dirhams por dia, cerca de 22 euros.
E depois do adeus, a 31 de março de 2022? O espírito da Expo 2020 continuará para além dela própria: “Oitenta por cento dos edifícios da exposição vão ter vida quando ela terminar”, informa Olga. Serão transformados em museus, hotéis, centros de negócios. E assim nascerá o Distrito 2020, uma nova centralidade no Dubai que “usará inovação, ciência e sustentabilidade de ponta para criar um ambiente mais limpo, seguro e saudável para viver e trabalhar”.
Pavilhão de Portugal Da caravela ao azulejo, “um mundo num país”
Um país “inovador”, “que surpreende”, “aberto ao mundo, com talento e diversidade”. São estas as imagens que a representação nacional quer passar ao planeta durante a Expo 2020, que vai decorrer no Dubai de 1 de outubro de 2021 a 31 de arço de 2022. O Pavilhão de Portugal, resultante de uma parceria entre o Grupo Casais e a Saraiva+Associados, está localizado no Distrito da Sustentabilidade, com um terraço em frente ao Jubilee Park, onde decorrerão os principais espetáculos da Expo, e foi concebido a partir do tema central “Portugal, Um Mundo num País”.
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), responsável pela participação portuguesa, e comissário-geral para a Expo 2020, Luís Castro Henriques, sublinha que Portugal vai ao Dubai para se apresentar como “um país diverso e inclusivo, que sempre levou a sua cultura e acolheu outras, que outrora conectou o mundo pelos mares e que é, como sempre, aberto ao mundo”. O pavilhão português foi concebido, aliás, para refletir esta imagem, obedecendo “a duas linhas conceptuais estruturantes”, sublinha Luís Castro Henriques. O edifício usa a caravela como metáfora, “como símbolo maior da ligação de Portugal com o mundo num processo alargado de interação, a génese da globalização”. E a praça aberta, que se assume como prolongamento do espaço público, apresenta-se “como expressão máxima do espaço de encontro, de partilha, de junção de pessoas e culturas”.
Os materiais escolhidos para a obra também falam português: a cortiça foi utilizada de forma inovadora no mobiliário e em várias zonas de estar, a pedra em cubo transporta a calçada portuguesa para os espaços públicos exteriores e o azulejo pintado decora algumas paredes.
“Quer no Pavilhão de Portugal, quer através da programação cultural e económica, pretendemos mostrar o que temos de melhor: dos nossos destinos turísticos à cultura, da ciência ao empreendedorismo, da inovação à gastronomia, passando pelas energias renováveis, moda e joalharia ou design. E, claro, colocar a tónica no elo que tudo liga: o talento”, realça Luís Castro Henriques, para quem a Expo 2020 será “a montra perfeita para promover a imagem externa de Portugal”.
A programação oficial do Pavilhão de Portugal foi apresentada na segunda-feira, dia 27 de Setembro, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e contempla, “além da natural componente cultural”, com destaque para o Festival da Lusofonia, com músicos portugueses e dos PALOP, uma aposta muito forte “na vertente económica”, ressalta Castro Henriques. “Teremos semanas temáticas a destacar vários sectores que consideramos potencialmente geradores de negócio e de relevo para apresentar nesta região do mundo: IT & Startups, Casa e Design, Moda e Joalharia, Saúde e Lazer, Agroalimentar, Energia e Ambiente e Indústrias Culturais e Criativas. Nestas semanas estão previstas mostras de produtos, exposições e outros eventos com o objetivo de promover o que de melhor se faz em Portugal”, detalha o comissário.
O Pavilhão de Portugal, cuja obra foi formalmente entregue ao secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, no dia 19, estará dividido em vários espaços: no piso térreo há uma zona de espetáculos, a loja Portugal Concept Store, com produtos de 40 empresas portuguesas, uma cafetaria e também a área protocolar, informa o dossier de imprensa da AICEP. No primeiro piso está “o percurso expositivo, com uma área de espectáculo multimédia imer- sivo”. Por fim, no segundo piso, fica o restaurante Al-Lusitano, que tem um terraço voltado para o Jubilee Park, e um espaço multiusos, “que pode assumir várias configurações, com a vantagem de se estender” para o exterior.
As zonas de restauração do Pavilhão de Portugal foram concessionadas, na sequência de um concurso público, ao chef Chakall, que vai gerir a operação do restaurante Al-Lusitano, a cafetaria e ainda o serviço de cateríng a eventos promovidos pela participação de Portugal.
Em comunicado, o chefe luso-argentino adianta que apresentará “uma carta com combinações de produtos de excelência que revelam o verdadeiro sabor, autenticidade e carácter lusos”. O cozinheiro nascido na cidade de Tigre, (província de Buenos Aires), e que vive no nosso país há mais de 20 anos, garantiu que vai servir “o melhor de Portugal à mesa do mundo”. “Ser português é mais que um passaporte ou cartão de cidadão, é um sentimento. E eu sinto-me português. Vibro e emociono-me quando ouço o hino nacional ou fado. Nada melhor que homenagear o país que me acolheu de braços abertos e do qual me sinto parte integrante através do que gosto de fazer: cozinhar. Portugal inteiro estará à mesa, de Norte a Sul”, garante o chef. Da carta constarão peixinhos da horta, ovos com alheira de aves, queijos, azeite, bacalhau, polvo, arroz de marisco, ovos moles ou pastéis de nata. No que aos vinhos diz respeito, haverá mais de 200 referências, “representativas do que melhor se produz nas diferentes regiões”.