O FC Porto não acompanhou a ‘lógica de Conceição’ em eliminar equipas italianas e foi afastado da Liga dos Campeões, esta terça-feira, ao empatar frente ao Inter (0-0) no Dragão, não acompanhando o Benfica nos ‘quartos’ da prova milionária.
Os dragões entraram com a pressão de virar a derrota da primeira mão em Milão (1-0) e estiveram perto do golo por mais ocasiões, mas encontraram um Inter a tentar causar estragos no contra-ataque, com a lição estudada.
O tempo começou a escassear gradualmente na segunda parte e, apesar dos riscos tomados por Sérgio Conceição, a equipa azul e branca não encontrou o tão desejado caminho do golo, ficando pelo caminho nos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões, contrariamente ao que tinha acontecido nas últimas ocasiões diante de equipas italianas.
Sérgio Conceição mudou seis peças em relação ao onze apresentado diante do Estoril e se algumas mudanças já eram expectáveis, como é o caso das titularidades de jogadores como Galeno e Evanilson, o mesmo não se pode dizer da dupla Marcano-Fábio Cardoso no eixo da defesa, em função da surpreendente ausência de Pepe.
Com a pressão de virar a eliminatória e perante um ambiente incrível no Dragão, o FC Porto entrou mais forte e, depois de Uribe ter ficado perto de um golaço de fora da área logo aos três minutos, foi a vez de Eustáquio tentar a sorte da mesma zona, obrigando Onana a intercetar a bola que seguia para a baliza.
Os italianos pareciam estar mais apostados nas transições e, em contra-ataque, Dzeko e Lautaro Martínez testaram a atenção de Diogo Costa, mas a primeira parte não acabou sem antes Evanilson, num lance pleno de insistência com uma sucessão de toques num curto espaço de tempo, e Eustáquio ficarem perto de mexer com o marcador.
Sem qualquer mexida ao intervalo, os dragões voltaram a entrar mais fortes e Uribe voltou a ser pioneiro na criação de oportunidades, seguindo-se uma investida de Galeno, mas também o Inter, com centenas de adeptos ‘barrados’ à entrada do Dragão, ameaçou o tento inaugural num remate distante de Barella.
As primeiras substituições surgiram apenas ao minuto 70 e as entradas de Toni Martínez e André Franco serviram para o ‘pressing’ final do conjunto de Sérgio Conceição, embora Inzaghi também tenha lançado jogadores como Lukaku e D’Ambrosio para refrescar o contra-ataque.
Já nos últimos 15 minutos, Grujic obrigou Onana a uma defesa atenta, viu Lukaku ameaçar o golo na baliza contrária e, já em tempo de descontos, Taremi e Grujic atiraram aos ferros num curto espaço de tempo, levando todos os presentes no Dragão de mãos à cabeça, antecedendo a expulsão de Pêpê.
O nulo teimou em não desaparecer e, desta forma, o Inter junta-se aos já apurados Benfica, Bayern, AC Milan, Chelsea e Manchester City.
Momento do jogo: As duas bolas do FC Porto aos ferros praticamente consecutivas, primeiro por Taremi, depois por Grujic, não conduziram ao tão desejado golo no Dragão e permitiram que o Inter seguisse em frente.