Até ao dia 25 de maio, a Riviera Francesa está em ebulição graças à 77.ª edição do icónico Festival de Cannes. Ao longo de duas semanas, são exibidos os grandes filmes do ano e serão prestadas homenagens aos maiores nomes do cinema.
Uma das mostras mais prestigiosas do festival de cinema de Cannes, a Quinzena dos cineastas, tem na sua edição de 2024 uma forte presença da lusofonia: Portugal e Brasil. “A queda do céu” do brasileiro Eryk Rocha e Gabriela Cunha e “A savana e a montanha” de Paulo Carneiro são as longas-metragens faladas em português em exibição.
Em “A queda do céu” os realizadores brasileiros Eryk Rocha e Gabriela Cunha versam sobre o povo indígena Yanomami e as ameaças que sobre ele pesa.
De outra ameaça versa “A savana e a montanha”… a maior mina de lítio da Europa em relação à população de Covas do Barroso, em Trás-os-Montes. Paulo Carneiro retrata a resistência dos aldeões entre canções e o imaginário de um western.
Do mesmo tema reza a curta-metragem lusa “Quando a terra foge” de Frederico Lobo, opondo, de um lado, a maquinaria apostada na exploração mineira, e, do outro, as gentes e os seus costumes.
Há ainda uma outra curta-metragem portuguesa: “O Jardim em Movimento” de Inês Lima é uma visita pouco convencional da riqueza floral da Serra da Arrábida.
Muito cinema falado em português aqui na Quinzena dos cineastas onde, recorde-se no ano passado o cartaz era Leonor Silveira no Vale Abraão de Manoel de Oliveira, filme que aqui tinha estreado já lá vão 30 anos.