O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse que o fluxo de portugueses da Venezuela para Portugal estabilizou, mas que se regista um aumento dos que estão a migrar para outros países da América Latina.
«Depois de um fluxo bastante intenso, os valores estabilizaram. Estimamos que sejam menos de 10 mil os cidadãos portugueses, luso-venezuelanos ou cidadãos venezuelanos com ligações familiares a cidadãos portugueses ou luso-venezuelanos que tenham vindo para Portugal, quer para a Madeira, quer para o continente desde há dois anos», disse.
Santos Silva adiantou ainda que se tem registado um aumento de cidadãos de nacionalidade venezuelana que pediram autorização de residência em Portugal e de pedidos de nacionalidade por parte de descendentes de portugueses.
Segundo o ministro, não existem informações de que haja portugueses ou luso-venezuelanos «envolvidos nos fluxos de migração e no conjunto daqueles caracterizados como refugiados», que a partir da Venezuela têm ido para a Colômbia, Brasil ou Equador.
«Mas temos notícia, através dos consulados ou secções consulares em países como a Argentina, Colômbia, Chile, Panamá e o próprio Brasil, da subida, ao nível das centenas ou poucos milhares, de cidadãos com nacionalidade portuguesa que viviam na Venezuela e que agora estão a migrar para esses países», revelou.
Augusto Santos Silva lembrou a suas visitas recentes à Colômbia e Panamá, sublinhando o empenho do Governo português na regularização dessas pessoas.
«Junto das autoridades venezuelanas, temos defendido os interesses da comunidade portuguesa, designadamente daquela que contribui muitíssimo para a economia venezuelana […] e que não pode ser prejudicada por medidas de política económica tomadas pelo governo venezuelano», disse.
































