Miguel Oliveira venceu, este domingo, o Grande Prémio da Catalunha, depois de ter partido da quarta posição para a sétima prova da temporada, em Barcelona.
Oliveira bateu o francês Johann Zarco (Ducati) por 0,175 segundos, com o australiano Jack Miller (Ducati) a terminar na terceira posição, a 1,990s do português. “Talvez, uma das melhores corridas da minha carreira até agora”, disse Miguel Oliveira, em declarações à SportTV+, no final da corrida.
“O Fábio [Quartararo, da Yamaha] pressionou-me durante tantas voltas e acabou por ultrapassar, mas mantive a calma e voltei a ultrapassá-lo. Foi a corrida perfeita”, frisou Oliveira. O piloto luso admitiu estar convencido que o gaulês “era o mais rápido em pista”.
“Quando me passou apercebi-me que não estava tão mais rápido do que eu. Consegui estar com ele numa volta inteira e ultrapassá-lo na reta, onde o vento estava de frente. Ele manteve-se a três, quatro décimas, até que comecei a respirar mais”, contou Oliveira, para quem foi “uma corrida psicologicamente difícil”.
“As últimas cinco voltas foram por um fio, mas sabia que tinha de arriscar se queria ter alguma chance. Aguentar o Zarco até à última volta foi difícil, mas deu-nos a vitória”, disse.
O piloto português agradeceu aos mecânicos e engenheiros da KTM, que lhe proporcionaram “uma mota fantástica para estar no topo do pódio”.
O comentador de motociclismo da TSF, Paulo Ribeiro, diz que Miguel Oliveira encontrou finalmente uma mota que permite lutar por vitórias e pelo título de campeão do mundo.
“Ainda há muitos pontos em jogo e o Miguel poderá já ter gastado alguns dos seus jokers, mas também os outros pilotos terão naturalmente problemas. O campeonato vai muito no princípio, ainda a procissão vai no adro, e acredito que o Miguel, a partir de agora, começará a fazer lugares no pódio com bastante regularidade. Aos poucos vai anulando essa desvantagem pontual para a liderança do campeonato”, explicou Paulo Ribeiro.
Esta é a terceira vitória do piloto de Almada no Mundial de MotoGP, depois de ter vencido os grandes prémios da Estíria e de Portugal, em 2020.