O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, anunciou esta segunda-feira que o subsídio de 100 euros para combustível, disponível desde meados de janeiro para os 10 milhões de contribuintes mais carenciados, será prorrogado por um mês até ao final de março.
“Este apoio devia acabar no final de fevereiro, mas vamos prolongá-lo até ao final de março para que milhões dos nossos compatriotas que têm direito a ele possam obtê-lo”, disse Bruno Le Maire na rádio RTL, salientando que “quase metade” dos agregados familiares elegíveis ainda não beneficiaram da ajuda.
“Temos um subsídio que beneficia aqueles que trabalham, penso que é justo, penso que é eficaz, só quero que todos os que têm direito a ele possam recebê-lo”, acrescentou o governante.
Este subsídio é um pagamento único para 2023 para os agregados familiares dos cinco principais escalões de rendimento.
O subsídio de combustível foi introduzido para substituir o desconto generalizado em bomba, que esteve em vigor até ao final de 2022, e aplica-se a qualquer tipo de veículo, incluindo veículos motorizados de duas rodas e microcarros que podem ser conduzidos sem carta de condução. Estão excluídas as bicicletas e as trotinetas elétricas).
Para ser elegível, é preciso ter um rendimento fiscal de referência inferior a 14.700 euros em 2021, ou seja, 1.314 euros líquidos por mês para uma única pessoa ou 3.941 euros para um casal com dois filhos.
Um casal modesto que trabalha e possui dois veículos pode beneficiar de dois apoios, ou seja, 200 euros.
Questionado as declarações do diretor-executivo TotalEnergies, Patrick Pouyanné, que deu a entender que poderia chegar a acordo parta um novo desconto em bomba em França, Bruno Le Maire disse: “Ele fez promessas e, em geral, o melhor é que as promessas sejam cumpridas.” Quanto ao nível deste desconto, “caberá a ele determiná-lo”, acrescentou.
À France 2, o ministro das Contas Públicas, Gabriel Attal, disse esperar que “as empresas que tenham condições, nomeadamente a Total se for esse o caso, possam fazer um novo gesto”.