As fronteiras dos Estados Unidos reabrem já esta Segunda-feira (8 de novembro) para passageiros vacinados, que terão de apresentar teste negativo à COVID-19 à chegada. Os Estados Unidos têm as fronteiras encerradas para grande parte do mundo há mais de 18 meses.
A partir de amanhã os Estados Unidos vão permitir a entrada de passageiros provenientes da União Europeia e de outros países anteriormente considerados de alto risco de contaminação com COVID-19. Em dezembro o país levanta as restrições para as deslocações terrestres a partir do Canadá e do México.
De acordo com as novas regras, todos os viajantes deverão estar vacinados, independentemente da via pela qual chegam. Para além do certificado de vacinação, a maioria dos viajantes terá que apresentar um resultado negativo de teste à COVID-19.
Segundo o site Lonely Planet (LP), os testes serão obrigatórios para quem chegar do exterior aos Estados Unidos via aérea. Assim, não serão exigidos testes a quem entrar nos portos marítimos ou às pessoas que estiverem a cruzar os EUA nas fronteiras terrestres do México ou Canadá.
Segundo avançou a Casa Branca, “cabe às companhias aéreas a verificar o certificado de vacinação antes do embarque”.
Os Estados Unidos informaram que serão aceites todas as vacinas aprovadas pela agência de medicamentos FDA e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No momento, isso inclui vacinas da AstraZeneca, Johnson & Johnson, Moderna, Pfizer/BioNTech, Sinopharm e Sinovac.
Diferentes combinações de vacinas para a primeira dose e reforços também serão permitidas, disse a Casa Branca.
Isso exclui, por enquanto, viajantes imunizados com a vacina russa Sputnik V e a vacina chinesa CanSino, ainda sem luz verde do FDA ou da OMS.
As companhias aéreas terão ainda de recolher informações sobre os viajantes que permitam às autoridades de saúde localizá-los após entrarem no país em caso de infeção ou contato com uma pessoa infetada. Caso o viajante não tenha a documentação correta, a companhia poderá proibir o embarque.
Em geral, qualquer estrangeiro deve fazer o teste no prazo de três dias antes da partida, se estiver vacinado, ou na véspera da partida, se não estiver vacinado. Os mesmos requisitos de teste servem também para os cidadãos americanos e residentes permanentes que estejam a regressar aos Estados Unidos.
A LP indica que as companhias aéreas aceitam resultados de testes PCR e de antigénio, caso tenham sido processados em laboratório.
As autoridades de saúde dos Estados Unidos permitirão algumas exceções “muito limitadas” a esta obrigação de vacinação, de acordo com a AFP.
Para além dos menores de idade, estarão isentos participantes em ensaios clínicos de vacinas anticovid, pessoas com contra-indicações médicas à vacinação, viagens por razões urgentes ou humanitárias (com justificação) e pessoas que chegam, por motivos outros que não o turismo, de países onde a vacina é difícil de ser obtida.
Crianças não vacinadas com mais de dois anos de idade devem fazer um teste (antigénoo ou PCR) dentro de três dias da partida se viajarem com adultos vacinados. O prazo é reduzido para um dia se viajarem sozinhos ou com adultos não vacinados.
Para além das crianças com menos de dois anos, tripulações de companhias aéreas e agentes da polícia do país não necessitam de mostrar um teste negativo à chegada. A exceção também inclui quem chega dos territórios ultramarinos dos Estados Unidos, como Porto Rico e as Ilhas Virgens dos Estados Unidos.