Estes militares, de várias unidades e com múltiplas valências, terão como principal tarefa garantir a segurança do Santuário e dos peregrinos, sublinhou a major Mafalda Almeida, porta-voz da GNR, acrescentando haver a “expectativa de que esta peregrinação seja o evento com maior número de pessoas em Portugal antes da Jornada Mundial da Juventude”, que se realiza em agosto e durante a qual se espera a visita do Papa a Fátima.
Pedro Graça, por seu turno, estimou que a multidão de peregrinos esperada em Fátima para a primeira grande peregrinação do ano à Cova da Iria poderá atingir entre 250 e 300 mil pessoas, números verificados antes da pandemia.
Com patrulhas apeadas e a cavalo, um posto móvel de atendimento aos peregrinos e o recurso a drones, além de equipas cinotécnicas e de inativação de explosivos a postos, bem como elementos descaracterizados, a GNR vai aproveitar a peregrinação para “testar e ajustar o dispositivo” tendo em conta as necessidades que se verificarão em agosto com a segunda presença do Papa Francisco no Santuário.
A colaborar com os militares da GNR estará uma equipa multidisciplinar da Guardia Civil espanhola, dando continuidade a uma prática que vem sendo habitual desde há alguns anos.
Em conferência de imprensa realizada em Fátima, a GNR anunciou, também, que para agosto “estão a ser preparadas mais bolsas de estacionamento”, em articulação com o Santuário de Fátima, tendo em conta que dois parques junto ao Centro Pastoral Paulo VI não vão nessa altera poder receber viaturas, uma vez que ali será instalada a Aldeia Jovem, para participantes na JMJ.
Questionada sobre um eventual aumento dos riscos de segurança, além dos habituais furtos em viaturas, os carteiristas ou as burlas, a porta-voz da GNR foi perentória: “se há mais pessoas, há mais riscos”, embora “não seja expectável que aconteça” em Fátima “alguma situação fora do padrão habitual”. Mas “estamos sempre a preparar-nos para o pior”, disse a major.