O Governo da Guiné-Bissau e o Banco da África Ocidental (BAO) acordaram criar uma linha de crédito para operadores turísticos do país, cujo funcionamento foi afetado pela pandemia provocada pelo novo coronavírus.
“Negociámos e chegámos a acordo com o BAO. O BAO vai apoiar-nos a nós ministérios e aos operadores turísticos concedendo créditos para a retoma das suas atividades económicas”, disse o ministro do Turismo guineense, Fernando Vaz.
Segundo o ministro, no âmbito daquele acordo, o Ministério do Turismo vai constituir a sua conta do fundo de turismo naquele banco, para funcionar como garantia.
“O banco negoceia diretamente com os operadores turísticos. O banco não está a apoiar o desenvolvimento. É uma situação meramente comercial, o banco é que vai assumir e calcular o risco e nós estamos por detrás para confortar o banco e os nossos operadores económicos”, disse Fernando Vaz.
Os operadores turísticos da Guiné-Bissau têm reclamado apoios do Governo guineense para superar as dificuldades provocadas pela covid-19. Durante vários meses, os operadores tiveram de encerrar a sua atividade devido à declaração do estado de emergência sanitário.
Hotéis, restaurantes, casas de diversão, bares e agências turísticas tiveram de fechar as portas e alguns mantiveram-se abertos, mas sem clientes.
“O setor do turismo foi um dos mais atingidos pela pandemia da covid-19. Os hotéis estiveram totalmente fechados. Isto é transversal ao setor, sem turistas, os restaurantes também fecharam e assim sucessivamente”, reconheceu o ministro.
Fernando Vaz disse que o setor “acarretou custos extremamente elevados”, até porque a maioria daqueles espaços manteve os funcionários e “financiaram aqueles custos fixos sem gerar receita”.
“Uma situação extremamente complicada e nós, tendo consciência disso, procurámos encontrar uma solução, que poderá não ser a melhor, mas já é qualquer coisa. É a primeira vez que se faz na Guiné-Bissau”, sublinhou.