Os hotéis e alojamentos locais do país viram as dormidas e o número de hóspedes aumentar mais de 7% no primeiro trimestre do ano, à boleia do período de férias da Páscoa. Canadianos, polacos e norte-americanos foram os mercados que mais cresceram.
Há mais um recorde do turismo nacional. Entre janeiro e março os alojamentos turísticos do país somaram 13 milhões de dormidas e receberam 5,6 milhões de hóspedes, representando crescimentos de 7,7% e 7,1%, respetivamente, de acordo com as estatísticas rápidas divulgadas esta segunda-feira, 29, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A Páscoa deu alento à procura e ajudou a encher os hotéis e alojamentos locais do país, principalmente de estrangeiros. No período em análise, as dormidas de não residentes avançaram 8,7%, para 9,3 milhões, e as de residentes cresceram 3,9%, atingindo os 4,2 milhões. No acumulado a março, os turistas do Reino Unido, da Alemanha, da Espanha e dos Estados Unidos foram os que registaram a maior fatia de dormidas.
“No 1.º trimestre de 2024, entre os 10 mercados com maior número de dormidas, destacaram-se os crescimentos dos mercados canadiano (+24,2%), polaco (+22,7%) e norte-americano (+18,1%), enquanto os mercados francês e brasileiro registaram os maiores decréscimos (-8,3% e -4,5%, respetivamente)”, refere o gabinete de estatística.
Olhando apenas para o terceiro mês do ano, foram registadas 5,7 milhões de dormidas (+12,8%) e 2,3 milhões de hóspedes (+12,2%). Os estrangeiros mantiveram o maior peso nas dormidas, sendo responsáveis por 4,1 milhões (+13,8%). Já mercado nacional realizou 1,6 milhões de dormidas (+10,3%).
“Estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março e abril, enquanto no ano anterior se concentrou apenas em abril”, enquadra o INE.
No mapa nacional, as dormidas aumentaram em todas as regiões do país no terceiro mês do ano. Os maiores crescimentos registaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+29,4%), no Centro (+23,1%) e no Alentejo (+21%).
Por outro lado, a Madeira (+4,1%) e a Grande Lisboa (+8,9%) tiveram os crescimentos mais modestos. Foram também estas regiões as únicas a registar uma quebra das dormidas do mercado nacional (-12,9% e -2,4%, respetivamente.)