A Revista PORT.COM falou com Isabelle Coelho-Marques, a luso-americana que, desde 2016, ocupa o cargo de presidente da New York Portuguese-American Leadership Conference (NYPALC).
Nascida na África do Sul, embora as suas origens familiares estejam em Aveiro, cidade onde regressa sempre que pode, assumiu-se como uma destacada líder comunitária, desenvolvendo toda a sua ação em prol da Comunidade Portuguesa e das causas portuguesas no país que a acolheu. Para além da presidência da NYPALC e do seu exercício profissional como analista numa empresa financeira, foi diretora escolar da mais antiga escola de língua portuguesa do estado de Nova Iorque – a Escola João de Deus – e também diretora de Relações Públicas do Portuguese American Community Center em Yonkers.
Já em 2015, tinha sido eleita Conselheira das Comunidades Portuguesas e, desde então, fundou a NYPALC Women’s Network, o Caucus Luso-americano do Estado de Nova Iorque. Em 2017, Isabelle Coelho-Marques foi nomeada para o Conselho Consultivo de Assuntos de Imigração da Cidade de New Rochelle, a quinta maior cidade desse mesmo estado e também para o Conselho Consultivo da Fundação Sousa Mendes. Atualmente, prepara-se para lançar a plataforma de Empreendorismo e Jovens Profissionais do Estado de Nova Iorque.
O que a motivou a emigrar para os Estados Unidos da América (EUA)?
Emigrei para os EUA em 1993, quando casei com um cidadão luso-americano que vivia em Nova Iorque.
Como foram os primeiros tempos no país? Sentiu um choque no modo de vida, na cultura…
Felizmente, não tive qualquer tipo de problema em adaptar-me, dado que nasci em Johannesburg, onde residi até aos meus 16 anos. Curiosamente, para mim, todo o processo de adaptação a Nova Iorque foi mais fácil do que o processo de adaptação de quando vim da África do Sul e regressei a Portugal. Sou completamente apaixonada por Nova Iorque e adoro a forma de estar descontraída dos nova-iorquinos.
Como se iniciou no associativismo e porquê?
O meu primeiro contato com o associativismo da Comunidade luso-americana foi devido ao facto de ter desempenhado funções no Consulado Geral de Portugal, em Nova Iorque, que me proporcionou um contato inicial com a Comunidade e toda a sua história. Alguns anos mais tarde fui convidada para ser diretora da Escola João de Deus, a escola comunitária de língua portuguesa mais antiga do estado de Nova Iorque e foi precisamente através do desenvolvimento desse trabalho voluntário em prol da Comunidade, que fiquei com a verdadeira consciência do papel importante que é desempenhado pelas comunidades nos seus países de acolhimento: desde a responsabilidade da transmissão da língua e cultura portuguesa para futuras gerações, a todo o trabalho de voluntariado em prol de manter as tradições vivas para essas mesmas gerações. De certa forma, encontrei-me como lusodescendente que sou e percebi a responsabilidade de dar continuidade a todo o trabalho iniciado por outros antes de mim. Tenho muito respeito pelas Comunidades e por tudo que elas representam.
Leia a entrevista na íntegra na edição de abril da Revista PORT.COM.