O 4.º Congresso de Jornalistas está agendado para Lisboa, de 12 a 15 de janeiro.
A Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) defende a emissão de carteiras profissionais portuguesas para jornalistas no território e vai levar o tema ao Congresso dos Jornalistas que se realiza em janeiro, em Lisboa.
O objetivo da moção que será apresentada ao congresso, passa por “encontrar uma via de diálogo que possa permitir que a Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ) venha a admitir a possibilidade de voltar a emitir carteiras [para Macau]”, disse à agência Lusa o vice-presidente da direção da AIPIM, Gilberto Lopes.
Além de os portugueses que iniciam a profissão de jornalista em Macau não terem acesso à carteira profissional através dos órgãos de comunicação locais, Gilberto Lopes deu ainda o exemplo dos jornalistas que exerciam a profissão em Portugal e vão trabalhar na região chinesa, que podem ter o problema na renovação do seu título profissional.
O vice-presidente da AIPIM reconhece que “os argumentos apresentados pela CCP são válidos, isto é, a Comissão (CCPJ) não emite carteiras para fora do território português”, mas diz que “vai apelar ao facto de Macau ter uma realidade específica”.
“Se eu exercer a profissão na Rádio Alfa, em Paris, posso provavelmente ter a carteira do sindicato profissional francês. Em Macau, não havendo nenhuma instituição [que emita um título], eu não consigo ter nenhuma carteira profissional”, sublinhou Gilberto Lopes.
O também chefe do canal em língua portuguesa da Rádio Macau chamou a atenção para o “vazio” na Lei de Imprensa em Macau, em vigor desde os anos 1990.
“Penso que uma carteira profissional em Macau era fundamental, primeiro porque era necessário acreditar os profissionais”, disse.
Gilberto Lopes alertou para a inexistência de um código deontológico ou estatuto de jornalista, documentos que a AIPIM deverá aprovar “em breve” e que em princípio serão seguidos nas redações em língua portuguesa e inglesa de Macau, mas não que não são vinculativos por não terem força de lei na região.
































