A Sociedade de Geografia de Lisboa recebe hoje, dia 18 de abril, a primeira edição do Fórum Luso-Estudos, iniciativa organizada pelo Observatório dos Lusodescendentes.
Ultrapassar fronteiras, confluir interesses e criar redes interativas de cooperação entre Universidades, Centros de Investigação e investigadores portugueses e estrangeiros, que pesquisem sobre a luso descendência, é o objetivo principal do Fórum intitulado “Temas atuais e perspetivas futuras”.
“Aprofundar a importância das Comunidades Portuguesas, quer no desenvolvimento dos países de acolhimento, quer na política externa nacional, é outro objetivo com vista a dar um contributo para o processo de elaboração das políticas públicas e privadas”, refere o Observatório dos Lusodescendentes.
Segundo o Observatório, é escasso o conhecimento sobre os lusodescendentes (os descendentes dos emigrantes portugueses até à terceira geração) — há estudos que apontam para cinco milhões de pessoas e outros que referem 30 milhões.
“Um melhor conhecimento sobre o seu número, localização e características poderá conduzir ao estabelecimento de uma política adequada para que a ligação com Portugal se mantenha e fortifique”, defendem os organizadores do Fórum.
De acordo com o OLD, o encontro também pretende “ultrapassar fronteiras, fazer confluir interesses e criar redes interativas de cooperação entre universidades, centros de investigação e investigadores portugueses e estrangeiros, que se interessem sobre a luso descendência” e disseminar os resultados entre a sociedade civil, instituições públicas e privadas, empresários e investidores.
Durante o Fórum, que também vai ter painéis moderados pelo realizador Christophe Fonseca e Sofia Lisboa, ex-cantora dos Silence4, está prevista a apresentação de várias investigações, realizadas em universidades portuguesas e no estrangeiro, com temas como a “produção cultural dos emigrantes portugueses em França”, “um bairro onde se fala português em Montreal”, “Portugueses pelo Mundo – a retórica de sucesso”, “lusodescendentes regressados em Portugal”, “representações da emigração na literatura portuguesa” ou “nas redes sociais – caso do filme A Gaiola Dourada”.
O Observatório dos Lusodescendentes foi lançado em 2010 e tem entre os seus objetivos “quantificar e qualificar” os descendentes dos emigrantes.