O Instituto Politécnico de Macau (IPM) quer promover os testes de acreditação da China de tradutores e intérpretes chinês-português e português-chinês nos países de língua portuguesa, revelou o reitor Marcus Im Sio Kei.
O académico disse ainda que pretende promover o reconhecimento mútuo entre os certificados do Teste de Acreditação da China para Tradutores e Intérpretes (CATTI, na sigla inglesa) e certificados semelhantes atribuídos nos países lusófonos.
Marcus Im falava durante uma visita de uma delegação do CATTI, a propósito dos primeiros testes de tradutores e intérpretes chinês-português e português-chinês realizados em Macau, disse o Centro de Gestão de Projeto do CATTI num comunicado.
Mais de 100 candidatos participaram nos testes de português e de inglês, distribuídos por três níveis de proficiência, que decorreram a 19 e 20 de junho, em simultâneo com a China continental.
O diretor-geral do Centro de Gestão de Projeto do CATTI, Jiang Ping, disse ainda esperar mais colaboração com o IPM na formação de talentos bilingues em chinês e em português no futuro.
O responsável disse que a formação de mais bilingues poderá ajudar a promover o intercâmbio na área das humanidades e das ciências sociais entre a China e os países de língua portuguesa, avançou também o IPM num comunicado.
Os testes exigiam “um conhecimento profundo da sociedade, história e cultura da China e dos países de regiões de língua portuguesa”, sublinhou o CATTI, num comunicado divulgado em Março.
A candidatura aos testes estava aberta não apenas a cidadãos chineses, mas também a estrangeiros que trabalhem na China e residentes em Macau, Hong Kong e Taiwan.
Só quem passa nestes testes pode trabalhar na Administração de Publicações em Línguas Estrangeiras da China (CIPG, na sigla inglesa), que tem a tutela do CATTI, ou ingressar em mestrados de tradução e interpretação.
O CATTI tinha anunciado no final de fevereiro a criação de um comité para preparar e avaliar este teste.
O comité, que conta com 12 peritos em português, seis dos quais baseados em Macau, é liderado pelo presidente do Conselho Geral do IPM, Lei Heong Iok.