Bem-vindos!
Chegado o Verão, os portugueses regressam às raízes e à casa de origem, cruzando terra e oceanos, provindos dos cinco continentes. Nesta época estival, a diáspora que leva Portugal ao mundo, traz o mundo a Portugal, porque como dizia Fernando Pessoa: “Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo. E é em viver tudo de todas as maneiras que nos descobrimos como portugueses.”
Agosto é tempo de tempo sem tempo, de mitigar as saudades e somar memórias com a família, os amigos, as tradições, neste nosso país, que a todos acolhe e acarinha os que são seus por pertença e convicção.
Sendo nossa função, naturalmente, apoiar e acolher as portuguesas e os portugueses que decidem regressar ao nosso país, de modo temporário ou permanente, gostaria de lembrar, nesta ocasião, que a Rede de Apoio ao Investidor da Diáspora foi recentemente formalizada no I Fórum dos Gabinetes de Apoio aos Emigrantes e ao Investimento na Diáspora. Arrancou com mais de 300 entidades, com o objetivo de apoio e valorização das comunidades portuguesas e do desenvolvimento de Portugal.
A rede, de constituição dinâmica, liga serviços das diferentes áreas de governação, entidades regionais, municípios e associações de matriz empresarial, em especial da diáspora, que apoiam o investimento da diáspora e dispõem dos interlocutores, instrumentos e meios para o efeito. Mantém-se em expansão pelas entidades do ecossistema empreendedor português, bem como pelas associações empresariais da diáspora, com especial destaque para as Câmaras de Comércio e Indústria Portuguesas no estrangeiro.
Neste momento, já existem cerca de 200 Gabinetes de Apoio aos Emigrantes e ao Investimento na Diáspora (GAEID’S), em diferentes municípios, ao serviço de quem regressa ou pretende regressar. GAEID’s e programas de apoio a emigrantes e/ou ao investimento da diáspora trabalham o potencial de mobilização de mais pessoas, contribuindo para uma maior coesão territorial e social, maior investimento e internacionalização da economia e dos produtos nacionais.
Gostaria ainda de deixar uma palavra para reafirmar o trabalho que está a ser realizado no sentido da otimização permanente do serviço público prestado nos nossos consulados, com reforço de meios humanos e técnicos, sempre que possível e onde necessário. Exemplo disso é a implementação do “Novo Modelo de Gestão Consular”, que pretende assegurar o serviço consular, em permanência, em qualquer parte do mundo, baseado na simplificação, desmaterialização e digitalização, tendo como missão simplificar o acesso ao pedido e processamento de diferentes atos consulares, através de aplicações inovadoras. Sinais do efetivo compromisso com o serviço público aos portugueses no estrangeiro.
Trabalhamos, diariamente, para a valorização das nossas comunidades, sabendo – como refletiu José Tolentino Mendonça – que “a diáspora acontece no encontro de duas perguntas: de onde vens? e onde estás agora?”.
Faço votos para que as férias, em Portugal, dos nossos concidadãos residentes no estrangeiro sejam um período de fruição do nosso país, com viagens realizadas em segurança e com os melhores reencontros pessoais, tal como com o património e a cultura.
Sejam muito bem-vindos a casa!